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Leitura

- Publicada em 03 de Abril de 2017 às 16:44

Empreendedorismo

Há 25 anos, três dos maiores empresários brasileiros - Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, que na época já tinham construído impérios no mundo dos negócios - decidiram colocar em prática um projeto de formação de executivos, concedendo bolsas de estudos a jovens com interesse em cursar MBA nos Estados Unidos. Desde então, a Fundação Estudar apresenta 617 ex-bolsistas, 25 mil jovens beneficiados em cursos e 15 milhões de pessoas alcançadas pelos canais disponíveis na internet.
Há 25 anos, três dos maiores empresários brasileiros - Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, que na época já tinham construído impérios no mundo dos negócios - decidiram colocar em prática um projeto de formação de executivos, concedendo bolsas de estudos a jovens com interesse em cursar MBA nos Estados Unidos. Desde então, a Fundação Estudar apresenta 617 ex-bolsistas, 25 mil jovens beneficiados em cursos e 15 milhões de pessoas alcançadas pelos canais disponíveis na internet.
A trajetória da fundação agora é contada no livro "Cultura de excelência", escrito pelo jornalista David Cohen, ex-diretor de redação da revista Época Negócios, redator-chefe da revista Época e editor executivo da revista Exame. A obra não só mostra a história e o processo de seleção "extremamente rigoroso" do projeto (a Estudar procura jovens identificados com valores como meritocracia, busca de excelência, senso ético, transparência, trabalho duro e metas ousadas), mas inclui também casos inspiradores de jovens que tiveram a vida transformada pelo contato com a cultura empreendedora. "Em comum, eles não têm apenas um sonho grande: têm uma vontade férrea de seguir em frente e um desejo incansável de fazer a diferença", destaca o livro. Lemann, por exemplo, diz que a cultura de que trata o livro - e a fundação - foi um diferencial para seus negócios. Telles ainda critica discursos prontos de quem quer "o melhor para o Brasil".
  • Cultura da excelência; David Cohen; Editora Sextante;
  • 208 páginas; R$ 40,00; disponível em versão digital

Comércio exterior

Nas últimas décadas, em especial a primeira do século 21, o Brasil mostrou uma grande preocupação em se internacionalizar. Durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do País, quase 50 novas embaixadas foram abertas. O incentivo também era claro para que empresas nacionais investissem em outros países, incluindo empreendedores, construção civil, agronegócio e setor petrolífero.
Mas o espírito desbravador custou caro, como mostra o jornalista Fábio Zanini em "Euforia e fracasso do Brasil grande", lançado nos últimos dias. Mestre em Relações Internacionais, editor de Política do jornal Folha de S. Paulo e ex-correspondente internacional em Londres (Inglaterra) e Joanesburgo (África do Sul), Zanini descobriu que, entre 2003 e 2015, o Bndes liberou US$ 14 bilhões para 575 projetos em 11 países da África e América Latina.
Esse mesmo financiamento público a obras de infraestrutura no exterior passou a ser investigado por integrar um esquema de tráfico de influência e pagamento de propina - e o Brasil ainda ganhou fama de imperialista.
O autor ressalta que o livro pode servir a públicos bastante distintos, como estudantes e profissionais em áreas ligadas à política externa, diplomatas, jornalistas e empresários, bem como pessoas que planejam viajar nos próximos meses. A obra aborda também a questão do lobby em Brasília por empresas multinacionais.
  • Euforia e fracasso do Brasil grande; Fábio Zanini;
  • Editora Contexto; 224 páginas; R$ 40,00.

Consumo

O capitalismo já não pode se reinventar como tem feito em 500 anos: estamos entrando numa nova era, a do pós-capitalismo. Novas tecnologias de informação não são compatíveis com os modelos de negócios dominantes, o que abre caminho para uma economia sustentável e, sobretudo, diferente.
Essa é a opinião do jornalista britânico Paul Mason, ex-editor de economia do Channel 4 News, um dos principais telejornais da TV britânica, e colunista do jornal The Guardian. Mason percorreu o mundo para ver as consequências de catástrofes financeiras, como o movimento Occupy Wall Street, a Primavera Árabe, o desemprego em massa na Espanha e a depressão grega. As conclusões estão no livro "Pós-capitalismo: um guia para o nosso futuro", que ganhou a primeira tradução para o português neste ano.
Para ele, a sociedade em rede permite o surgimento de atividades que transcendem o modelo baseado em hierarquias e monopólios. Ou seja, novas possibilidades de trabalho ou de pura troca de informação que desafiam as regras tradicionais do mercado. O principal exemplo dado por ele é a Wikipedia, maior produto de informação do mundo, que é feita de graça por 27 mil voluntários de todo canto do globo, abolindo o negócio da enciclopédia e privando a indústria da publicidade de um faturamento estimado em R$ 3 bilhões.
  • Pós-capitalismo: um guia para o nosso futuro; Paul Mason; Editora Companhia das Letras; 472 páginas;
  • R$ 70,00; disponível em versão digital.