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Política

- Publicada em 28 de Março de 2017 às 18:31

Ex-gerente da Petrobras é preso na Operação Paralelo

Gonçalves era sucessor de Barusco na estatal e já tinha sido preso na Lava Jato em 2015

Gonçalves era sucessor de Barusco na estatal e já tinha sido preso na Lava Jato em 2015


GERALDO BUBNIAK/AGB/JC
O ex-gerente executivo da Petrobras Roberto Gonçalves foi preso na manhã de ontem em Boa Vista (RR), durante a 39ª fase da Lava Jato, chamada de Operação Paralelo. Roberto Gonçalves sucedeu Pedro Barusco como gerente executivo da Área de Engenharia e Serviços da Petrobras no período entre março de 2011 e maio de 2012. No Brasil, ele já vinha sendo investigado pela Lava Jato após depoimentos prestados por investigados que firmaram acordos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
O ex-gerente executivo da Petrobras Roberto Gonçalves foi preso na manhã de ontem em Boa Vista (RR), durante a 39ª fase da Lava Jato, chamada de Operação Paralelo. Roberto Gonçalves sucedeu Pedro Barusco como gerente executivo da Área de Engenharia e Serviços da Petrobras no período entre março de 2011 e maio de 2012. No Brasil, ele já vinha sendo investigado pela Lava Jato após depoimentos prestados por investigados que firmaram acordos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
A ação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) a pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná. Além do mandado de prisão preventiva, foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Segundo a corporação, todos já foram cumpridos. Os alvos, nesse caso, são pessoas físicas e jurídicas ligadas à corretora Advalor Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
A Procuradoria da República, no Paraná, afirmou que uma offshore ligada a ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas ao Setor de Operações Estruturadas, o "Departamento de Propinas", da Odebrecht, em 2011.
Por meio de cooperação internacional, a força-tarefa da Operação Lava Jato identificou que o ex-gerente da Petrobras movimentou mais de US$ 5 milhões em contas na Suíça. Em nota, a Procuradoria informou que foram identificadas cinco contas bancárias, sendo uma delas, registrada em nome da offshore Fairbridge Finance SA que tem Roberto Gonçalves como beneficiário final. Esta conta teria recebido, em 2011, cerca de US$ 3 milhões de offshores ligadas ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Segundo a Procuradoria, outra conta, registrada no nome da offshore Silverhill Group Investment Inc. e que também tem Gonçalves como beneficiário final, recebeu, no ano de 2014, mais de US$ 1 milhão provenientes da conta em nome da offshore Drenos Corporation, vinculada a Renato Duque, também ex-diretor da Petrobras.
A conta de Duque teria sido abastecida por valores oriundos de uma conta em nome da offshore Opdale Industries, que tem por beneficiário final Guilherme Esteves de Jesus, acusado de ter intermediado propinas em contratos da Petrobrás para o Estaleiro Jurong em ação penal na Lava Jato.
Dois delatores da Lava Jato, Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e Mario Goes, operador financeiro e intermediário de executivos e agentes públicos, relataram o pagamento de propinas a Roberto Gonçalves, segundo a Procuradoria. Os delatores entregaram comprovantes de quatro depósitos de US$ 300 mil feitos no exterior, a partir de conta em nome da offshore Mayana Trading, mantida por Mario Goes. Ainda de acordo com os documentos encaminhados pela Suíça, Roberto Gonçalves transferiu, em abril de 2014, parte do saldo da conta Fairbridge Finance S/A para contas na China e nas Bahamas.
Apuração interna da companhia imputou ao ex-gerente executivo parte das irregularidades encontradas nas licitações e contratos do Comperj, como a contratação direta em 2011 do Consórcio TUC, formado, dentre outros, pela Odebrecht e pela UTC Engenharia.
Paralelamente, autoridades suíças que investigam desdobramentos do caso Lava Jato transferiram ao Brasil investigações por crimes de lavagem de dinheiro relacionadas a Roberto Gonçalves, com base em acordos de cooperação internacional.
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