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Política

- Publicada em 22 de Março de 2017 às 23:32

Deputados oficializam a Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público

Servidores participaram do ato no Teatro Dante Barone

Servidores participaram do ato no Teatro Dante Barone


CLAITON DORNELLES/JC
Bruna Suptitz
"O Banrisul é nosso" foi o grito escolhido pelo público que lotou o Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, ontem, durante o ato de instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público. Formado em sua maioria por servidores do Banrisul, o público se soma à preocupação dos 24 deputados, alguns da base governista, que apoiaram a criação da frente. Mesmo diante da negativa de setores do governo do Estado quanto à venda do banco, eles buscam posição sobre o que pode ser feito dentro das tratativa de renegociação da dívida do Estado com a União.
"O Banrisul é nosso" foi o grito escolhido pelo público que lotou o Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, ontem, durante o ato de instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público. Formado em sua maioria por servidores do Banrisul, o público se soma à preocupação dos 24 deputados, alguns da base governista, que apoiaram a criação da frente. Mesmo diante da negativa de setores do governo do Estado quanto à venda do banco, eles buscam posição sobre o que pode ser feito dentro das tratativa de renegociação da dívida do Estado com a União.
A preocupação com a manutenção do Banrisul vinculado ao governo gaúcho surgiu a partir de uma declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meireles. No início do ano, Meireles sinalizou com o interesse do governo federal em colocar a venda do banco como uma das contrapartidas do Plano de Recuperação Fiscal dos Estados.
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (Sindbancários) solicitou uma audiência com o governador José Ivo Sartori (PMDB). "Eles dizem que não vão privatizar, mas, ao mesmo tempo, o projeto de negociação fala na entrega de ativos do setor financeiro", afirma o presidente do Sindbancários, Everton Gimenis.
"A proposta fala em instituição financeira, ou de saneamento, ou de energia. O governo está optando pela CEEE", explica o deputado governista Gilberto Capoani (PMDB), referindo-se à proposta de venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que tramita na Assembleia. Um dos signatários da frente, Capoani mobilizou a bancada peemedebista e, em fevereiro, os oito parlamentares entregaram ao governador uma nota manifestando contrariedade à venda do banco. "Fui diretor e conheço a sua importância para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul", disse.
Mesmo sustentando o discurso de que o banco não será vendido, Capoani disse que não votará com o governo caso este apresente proposta de privatização.
Caso queira concretizar a possibilidade de venda, o governo teria que realizar uma consulta plebiscitária com a população, ou então encaminhar à Assembleia uma proposta de emenda à Constituição que retire essa obrigatoriedade. "Se mandar a plebiscito, eu saio pelo Rio Grande fazendo campanha contra", completou Capoani.
A criação da frente parlamentar foi proposta do deputado Zé Nunes (PT), que vê com preocupação também a possibilidade de federalização. "Esse caminho significa colocar nas mãos do governo federal a privatização. Seria uma traição ao povo gaúcho." Ele explica que os parlamentares que integram a frente, junto com outras entidades, farão discussões em regiões do Interior. Segundo Nunes, o banco está presente em 430 municípios, sendo que em 96 é a única instituição financeira atuando. "Banrisul é a empresa gaúcha de maior valor", reiterou.
Ao final do ato, foi elaborada uma carta pública contra a venda do banco estatal.
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