Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 22 de Março de 2017 às 19:06

FHC diz que 'caixa-2 também é crime' e critica lista fechada

POL - Fernando Henrique Cardoso vídeo foto Reprodução

POL - Fernando Henrique Cardoso vídeo foto Reprodução


REPRODUÇÃO/JC
Depois de relativizar o caixa-2, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou ontem que "caixa-2 também é crime" e afirmou ser contrário ao voto em lista fechada. Em vídeo publicado em sua página em rede social, FHC criticou os partidos políticos no Brasil que, segundo ele, "vão muito mal das pernas". "Reforma política viável, hoje, é aprovar o que já está na Câmara", declarou, destacando leis segundo ele já aprovadas pelo Senado, como a que proíbe coligação nas eleições de deputados e de vereadores.
Depois de relativizar o caixa-2, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou ontem que "caixa-2 também é crime" e afirmou ser contrário ao voto em lista fechada. Em vídeo publicado em sua página em rede social, FHC criticou os partidos políticos no Brasil que, segundo ele, "vão muito mal das pernas". "Reforma política viável, hoje, é aprovar o que já está na Câmara", declarou, destacando leis segundo ele já aprovadas pelo Senado, como a que proíbe coligação nas eleições de deputados e de vereadores.
"Por quê? Porque você vota num e elege outro. Se dois partidos se coligam, você não sabe em quem está votando. Então, é melhor proibir. E em segundo lugar, é muito importante também que haja uma lei que diga: olha, um partido que não recebeu x votos em tais números de estados não vai ter representação na Câmara. Não tem vantagens na Câmara, porque não é partido, tentou ser partido".
FHC também criticou a votação em lista fechada, um dos pontos da reforma política pretendida pelo Congresso. "Nós políticos todos estamos mal das pernas. Então, não acho que seja o momento de fazer proposta (de reforma política) - disse, citando a lista fechada como exemplo de reforma, "que escolhe quem vai ser o primeiro, segundo e terceiro eleitos" pela direção do partido. "E o povo vai votar em partidos? Quais? O povo nem sabe os nomes dos partidos. Não são partidos, a maioria. São legendas. E mais: não dá para aprovar nada que tenha cheiro de impunidade".
Para FHC, essas propostas têm como "objetivo evitar que a Lava Jato vá adiante". O ex-presidente pediu ainda que os políticos, os líderes nacionais e a população deixem a Justiça opinar sobre os crimes que acontecem no Brasil.
"Quem errou deve pagar, depende do que fez. Fez corrupção? Ganhou dinheiro porque tirou dinheiro da Petrobras? Ou por que recebeu dinheiro para fazer uma lei a favor desta empresa? É crime na verdade de corrupção. E não declarou? É falsidade ideológica. E caixa-2 também é crime, mas é outro tipo de crime, capitulado no Código Penal. Deixa que a Justiça separe: o que é caixa-2, o que é crime de corrupção. O que pode ser punido com a não eleição, o que vai para a cadeia."
O ex-presidente deu essas declarações após relativizar, no começo do mês, o uso do caixa-2, afirmando que existe "uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa-2 para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção".
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO