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Política

- Publicada em 22 de Março de 2017 às 23:26

Vai faltar dinheiro para a folha, diz prefeito

Tucano foi apresentado na Federasul como "o nosso João Dória"

Tucano foi apresentado na Federasul como "o nosso João Dória"


FREDY VIEIRA/JC
Marcus Meneghetti
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), afirmou ontem, na palestra-almoço Tá na Mesa, organizada pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), que vai faltar dinheiro nos cofres públicos para pagar quatro folhas de pagamento dos servidores municipais até o final do ano.
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), afirmou ontem, na palestra-almoço Tá na Mesa, organizada pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), que vai faltar dinheiro nos cofres públicos para pagar quatro folhas de pagamento dos servidores municipais até o final do ano.
"Com o déficit de hoje na prefeitura, se nenhuma despesa a mais for feita, vamos ficar quatro meses sem pagar o salário dos servidores", declarou, ao exemplificar a gravidade dos problemas na contas públicas na Capital. Segundo o secretário municipal da Fazenda, Leonardo Busatto, o déficit projetado para 2017 é de R$ 732 milhões.
A palestra de Marchezan foi aberta pela presidente da Federasul, Simone Leite (PP), que se referiu ao tucano como "o nosso João Doria (prefeito de São Paulo, PSDB)". Ao chamar o prefeito da Capital ao palco, no salão nobre do Palácio do Comércio, Simone acrescentou que o público - composto por políticos, empresários e representantes do Judiciário, que, àquela altura, já degustavam o prato principal - "não estava ali para criticá-lo, nem para pedir cargos, mas sim para apoiá-lo".
A introdução feita pela presidente da Federasul parece ter deixado Marchezan mais tranquilo para apresentar de maneira transparente informações de difícil digestão sobre as finanças municipais.
O tucano disse que, além de o Executivo ter mais despesas do que receitas, ainda possui cerca de R$ 500 milhões a pagar em contratos com 2.800 fornecedores, pendentes desde o ano passado. 
Para o palestrante de ontem, "a crise pela qual estamos passando não só no município, mas também no Estado e na União, foi gerada pela quantidade de benefícios que existem de cabo a rabo no setor público". Ele deu um exemplo: "Já fizemos uma economia reduzindo o teto no salário dos Cargos em Comissão (CCs), mas ainda falta implantá-lo em algumas secretarias que têm Funções Gratificadas (FGs) por lotação. Neste caso, temos que mudar a lei, que concede um supersalário para as pessoas que desempenham essas funções".
Além disso, citou cerca de 400 CCs que teriam sido cortados na sua gestão, o que deve gerar uma economia de R$ 50 milhões. Marchezan falou ainda, durante sua explanação, que a prefeitura está trabalhando por mais segurança na cidade através de medidas como a regularização dos vendedores ambulantes e a retirada dos moradores em situação de rua. 
Em seguida, pediu a colaboração da sociedade. "Precisamos da ajuda de vocês, dando espaços nas suas empresas para essas pessoas", disse, olhando à plateia.
Na coletiva que antecede a palestra, o prefeito criticou os professores da rede municipal por não acatarem a determinação de aumentar em 15 minutos na semana o período de aula.
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