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Política

- Publicada em 14 de Março de 2017 às 19:41

Planalto receia quebra de sigilo das delações em véspera de atos e votação de reforma

Para minimizar efeitos, presidente quer fim de sigilo nesta semana

Para minimizar efeitos, presidente quer fim de sigilo nesta semana


ANDRESSA ANHOLETE/AFP/JC
Com o envio pela Procuradoria-Geral da República dos pedidos de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), a equipe do presidente Michel Temer (PMDB) defende que o sigilo seja quebrado ainda nesta semana, evitando que ocorra na véspera de protestos de rua ou da votação da proposta da reforma previdenciária.
Com o envio pela Procuradoria-Geral da República dos pedidos de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF), a equipe do presidente Michel Temer (PMDB) defende que o sigilo seja quebrado ainda nesta semana, evitando que ocorra na véspera de protestos de rua ou da votação da proposta da reforma previdenciária.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Suprema Corte, não tem prazo para decidir se aceita ou não os pedidos feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ou se manterá os casos em sigilo.
A avaliação no Palácio do Planalto é que a divulgação dos pedidos desgastará inevitavelmente a imagem do governo peemedebista, mas poderá ter um impacto ainda pior caso ocorra nas próximas três semanas, consideradas decisivas pelo presidente.
Nas palavras de um auxiliar presidencial, caso os detalhes sobre os inquéritos venham a público até sexta-feira, haverá tempo hábil para "diluir o efeito da divulgação" junto à opinião pública, reduzindo os impactos tanto em votações governistas como em protestos populares.
No dia 26, por exemplo, foi marcada manifestação por movimentos como Vem Pra Rua e  Movimento Brasil Livre (MBL) para defender a Operação Lava Jato. O receio é que a presença de ministros na lista turbine discursos contrários à gestão peemedebista.
A última lista apresentada pelo procurador-geral, em março de 2015, foi explorada por movimentos de rua para fortalecer o coro pela saída da então presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment no ano seguinte.
Na primeira semana de abril, está programada ainda a votação da proposta previdenciária em comissão especial e, até o final do mês, a expectativa é de que ela seja votada no plenário da Câmara.
Nos bastidores, auxiliares e assessores presidenciais temem que o impacto da lista possa atrasar a tramitação, postergando a votação para junho, e estimular traições na base aliada, já identificadas em partidos como PTB, PSB e PSD.
O entorno do presidente receia ainda a possibilidade de um desgaste no poder de negociação do ministro da Casa Civil, que poderá estar presente na lista de inquéritos, estimulando a inclusão de emendas que alterem o texto original da proposta.
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