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Justiça Eleitoral

- Publicada em 12 de Março de 2017 às 21:11

Marco Alba é reeleito à prefeitura de Gravataí

Peemedebista venceu pleito suplementar com 40,04% dos votos válidos

Peemedebista venceu pleito suplementar com 40,04% dos votos válidos


FREDY VIEIRA/JC
Na eleição suplementar de ontem em Gravataí, Marco Alba (PMDB) derrotou por cerca de 4.016 votos de vantagem a candidata Rosane Bordignon (PDT) - reelegendo-se prefeito do município. Com a vitória de Alba, Gravataí passa a ser o maior município do Estado governado pelo PMDB. A pedetista Rosane, esposa de Daniel Bordignon, que venceu o pleito de 2016, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, obteve 36,70%; Anabel Lorenzi (PSB), 19,51%; Rafael Linck (PSOL), 2,48%; Valter Amaral (PT), 0,97% e Sadao Makino (PSTU), 0,31% dos votos válidos. Os votos nulos foram de 9.549, brancos 8.560 e as abstenções foram de 48.505.
Na eleição suplementar de ontem em Gravataí, Marco Alba (PMDB) derrotou por cerca de 4.016 votos de vantagem a candidata Rosane Bordignon (PDT) - reelegendo-se prefeito do município. Com a vitória de Alba, Gravataí passa a ser o maior município do Estado governado pelo PMDB. A pedetista Rosane, esposa de Daniel Bordignon, que venceu o pleito de 2016, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, obteve 36,70%; Anabel Lorenzi (PSB), 19,51%; Rafael Linck (PSOL), 2,48%; Valter Amaral (PT), 0,97% e Sadao Makino (PSTU), 0,31% dos votos válidos. Os votos nulos foram de 9.549, brancos 8.560 e as abstenções foram de 48.505.
Antes que o prefeito eleito chegasse ao seu comitê eleitoral para comemorar a vitória, no início da noite, aliados políticos e militantes do peemedebista já comemoravam. Com comentários ferozes contra Rosane e Daniel Bordignon, o mestre de cerimônia agradeceu aos apoiadores que estavam presentes, como os deputados estaduais Missionário Volnei (PRB) e Juvir Costella (PMDB), e o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato (PTB).
"Queria agradecer ao Busato. Ele fez boca de urna para a gente hoje. Em Canoas, no ano passado, derrotou a candidata (Beth Colombo, PRB) do Jairo Jorge em Canoas, da turma deles", disse o militante que conduzia a comemoração, em cima de um palco, diante de uma plateia de centenas de pessoas.
De um modo geral, a eleição transcorreu com tranquilidade. Havia poucas pessoas nas ruas, pois as aglomerações se concentravam nos arredores dos locais de votação. Apesar disso, carros com bandeiras de Marco Alba e Rosane Bordignon circularam ao longo da tarde. Com menos frequência, passavam veículos com bandeiras da candidata Anabel Lorenzi (PSB).
Houve alguns casos de boca de urna. Um deles aconteceu em frente ao maior colégio eleitoral, no Colégio Tuiuti, onde algumas pessoas se aglomeravam depois de votar e onde eventualmente passavam carros com bandeiras de Alba ou Rosane. Segundo a administradora do prédio durante o pleito, Taíza da Rosa, a Brigada Militar chegou a ser chamada.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), foram poucas as urnas eletrônicas que tiveram de ser trocadas: oito, em todo o pleito, representando 1,2% do total, além de 14 ocorrências menores como falta de luz ou troca de bateria da urna eletrônica.
eleições
Eleições suplementares
Eleições suplementares

Indeferimentos e impeachment marcaram eleições

O indeferimento da candidatura do ex-prefeito Daniel Bordignon (PDT) - mais votado no pleito de outubro de 2016 - suscitou a eleição suplementar em Gravataí.
Entretanto, não é o primeiro episódio no município em que Bordignon é declarado impedido de concorrer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além de chapas impugnadas, a cidade já assistiu ao impeachment de um prefeito - Rita Sanco (PT), cassada em 2011.
Bordignon teve 45.374 votos na eleição do ano passado, contra 33.420 votos do seu principal adversário, o então prefeito Marco Alba (PMDB).
No entanto, depois que o TSE indeferiu a candidatura do pedetista, a partir de uma ação apresentada por Alba, a votação da chapa vencedora foi anulada.
Bordignon foi condenado por improbidade administrativa em 2015. A condenação se refere ao período que ele governou a prefeitura - por dois mandatos, entre 1997 e 2004. Na época, era filiado ao PT. Seu sucessor foi o correligionário Sérgio Stasinski (2005-2008).
Na eleição de 2008, Stasinski não concorreu à reeleição, cedendo a cabeça da chapa petista a Bordignon. Entretanto, cinco dias antes do pleito, ele foi impedido de concorrer pela Justiça Eleitoral. A chapa foi assumida pela candidata a vice-prefeita Rita Sanco (PT).
Rita venceu a disputa com 55,59% dos votos válidos, tornando-se a primeira mulher eleita para administrar o município. Contudo, no terceiro ano de governo, em 15 de outubro de 2011, tornou-se o primeiro governante a sofrer processo de impeachment no município, junto com seu vice Cristiano Kingeski (PT).
Aí o presidente da Câmara Municipal de Gravataí, Nadir Rocha (PMDB), assumiu interinamente a prefeitura por um mês. Ele deu lugar ao vereador Acimar Silva (PMDB), escolhido em uma eleição indireta pelos colegas de Legislativo, para um mandato tampão.
Nas eleições de 2012, Marco Alba venceu a a disputa com 51.283 votos. A segunda colocada, Anabel Lorenzi (PSB), teve a preferência de 40.043 eleitores. Bordignon também concorreu neste pleito, mas novamente teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. O pedetista foi protagonista em todas as eleições locais nos últimos 20 anos.
Depois de a eleição suplementar ter sido invalidada no ano passado, o vereador Nadir Rocha assumiu pela segunda vez a prefeitura de Gravataí, em caráter interino.