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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Março de 2017 às 17:05

Relação promíscua

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ontem que o Brasil vive um quadro de descalabro tão grande que é difícil classificar essa apropriação do público pelo privado, essa relação anárquica e promíscua, assinalou ao falar sobre o conteúdo dos depoimentos de ex-executivos da Odebrecht no TSE, no processo que julga a chapa com a qual a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente Michel Temer (PMDB) concorreram à presidência em 2014. O presidente do TSE não quis fazer previsão sobre a data do julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico. Ele argumentou que isso depende do trabalho do relator. O grau de acesso e de domínio que o empresário Marcelo Odebrecht contou ter no topo da cadeia de poder, impressionou o relator do julgamento, Herman Benjamin. Comentando a declaração de Odebrecht, que afirmou ter sido "bobo da corte" do governo brasileiro, Mendes disse que "realmente os eleitores têm sido feito de bobos nesse contexto todo". Adiantou que na semana que vem ou daqui a pouco, o relator do processo no STF, Edson Fachin, pode deliberar sobre a questão. Referia-se ao fim do sigilo das delações da Odebrecht.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ontem que o Brasil vive um quadro de descalabro tão grande que é difícil classificar essa apropriação do público pelo privado, essa relação anárquica e promíscua, assinalou ao falar sobre o conteúdo dos depoimentos de ex-executivos da Odebrecht no TSE, no processo que julga a chapa com a qual a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente Michel Temer (PMDB) concorreram à presidência em 2014. O presidente do TSE não quis fazer previsão sobre a data do julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico. Ele argumentou que isso depende do trabalho do relator. O grau de acesso e de domínio que o empresário Marcelo Odebrecht contou ter no topo da cadeia de poder, impressionou o relator do julgamento, Herman Benjamin. Comentando a declaração de Odebrecht, que afirmou ter sido "bobo da corte" do governo brasileiro, Mendes disse que "realmente os eleitores têm sido feito de bobos nesse contexto todo". Adiantou que na semana que vem ou daqui a pouco, o relator do processo no STF, Edson Fachin, pode deliberar sobre a questão. Referia-se ao fim do sigilo das delações da Odebrecht.
Financiamento de campanha
Para Mendes, é preciso criar um modelo de financiamento de campanha eleitoral alternativo às normas atuais, que impedem doação de empresas a partidos e candidatos. "Temos que encontrar um outro meio de financiamento que não esse (atual), alguma coisa tem que ser feita."
Grande ganho
O ministro defendeu também que o fim das coligações seja encaminhado e passe a valer já nas eleições de 2018, considerando que a emenda constitucional sobre o tema foi aprovada no Senado e precisa passar pela Câmara. Para ele, a mudança já é um "grande ganho".
Retrato da realidade
A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) disse que a conclusão do ministro Gilmar Mendes de que o País vive um quadro de descalabro retrata a realidade. "O adonamento que a Odebrecht fez do estado brasileiro, adonou-se do estado, é confirmado pela própria declaração do Marcelo Odebrecht. Lamentavelmente essa é a realidade que nós estamos vivendo." Ana Amélia também concorda que é necessário que "a gente trate de aperfeiçoar a legislação eleitoral, inclusive financiamento de campanha, para que na eleição do ano que vem a gente consiga". A senadora explicou que a lei eleitoral recebeu uma emenda que teve apoio de "todo mundo", "para que nós, na eleição municipal, reduzíssemos para 45 dias o período eleitoral da campanha, mas não mexemos no segundo turno. Então ficou 45 dias mais 30 dias praticamente de campanha eleitoral para o segundo turno. Estou reduzindo para a metade, no segundo turno. Isso reduz também os gastos de campanha", concluiu.
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