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Opinião

- Publicada em 23 de Março de 2017 às 16:37

Aos 245 anos, Porto Alegre precisa de mais cuidados

Porto Alegre completará 245 anos neste domingo, 26 de março. Amada pelos casais açorianos que aqui chegaram e fincaram as raízes, a cidade é hoje a capital do Rio Grande do Sul. Teve outros nomes e passou por inúmeras vicissitudes, mas sempre recebeu carinho e retribuiu com seus encantos, com seu pôr do sol e com tudo o mais que sabemos.
Porto Alegre completará 245 anos neste domingo, 26 de março. Amada pelos casais açorianos que aqui chegaram e fincaram as raízes, a cidade é hoje a capital do Rio Grande do Sul. Teve outros nomes e passou por inúmeras vicissitudes, mas sempre recebeu carinho e retribuiu com seus encantos, com seu pôr do sol e com tudo o mais que sabemos.
Claro, tem problemas. Falta de verbas e atraso em obras. O transporte público precisa ser qualificado. Muitos veículos novos entram em circulação todos os meses e somam, agora, em torno de 850 mil unidades.
A saúde preocupa, mas a nova gestão, liderada pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), reafirmou o compromisso de que o setor terá uma atenção jamais antes vista na Capital, começando com a abertura de um posto de saúde até as 22h, como outros assim funcionarão também. O foco será a chamada atenção primária à saúde.
A segurança, ou a falta dela, nos entristece, mais ainda quando jovens são assassinados por nada, um bem material de valor baixo, e para comprar droga. Porém não é com a embriaguez que vamos festejar o aniversário da cidade, mas com sobriedade. Isso nos permitirá saborear, refletindo sobre ela e nós, toda a nossa felicidade.
Porém, vamos sonhar um pouco: podemos imaginar uma cidade com mais pavimentação, mais verde, mais cuidados na educação, com apoio de todos nós, também responsáveis por Porto Alegre, com praças bem conservadas. É bom sonhar com isso e muito mais.
Uma cidade iluminada, limpa, sem pichações, praças e parques com flores, casas e edifícios bem pintados, ruas e avenidas alargadas onde os recuos permitem. E menos desigualdade social.
É bom sonhar com essa cidade que ainda é apenas isso, uma Porto Alegre que amamos e que merece educação, saúde e segurança. E cuidados, começando por nós mesmos, os seus habitantes. Aí, sim, poderemos lançar um novo olhar pelos prédios, ruas, vielas, escadarias, lojas, cinemas, teatros e centros comerciais que fazem parte da nossa rica história cultural e que atingem o lado emotivo de muitas pessoas.
Corre-se sempre o risco das críticas de que pensar no passado e ter lembranças é a vontade de ser jovem novamente. Menos, menos, pois o mundo é sempre novo aos moços e, é claro, envelhece para os idosos.
A cidade perdeu muitos prédios que bem poderiam ser hoje referências para todos. Dizem alguns psicanalistas que se perdermos identidades de imóveis que vararam pela nossa juventude além do tolerável, isso nos causará algum tipo de incerteza psicológica.
Precisamos passar por ruas, avenidas e, principalmente, por moradias, praças e prédios que estão lá há décadas, às vezes há mais de 100 anos. Uma lástima é que muitos prédios históricos são tombados e, depois, os anos passam e a recuperação não é feita. Planos, discursos e ideias têm sido lançados desde os anos de 1980, e pouco foi feito. Claro, tudo custa dinheiro - às vezes, muito dinheiro - e há um cipoal legal para ser obedecido.
Recuperar os passeios públicos e pedir a ajuda dos jornais, rádios e tevês para campanhas de conscientização sobre a importância para todos nós, não apenas para os visitantes, de um visual mais agradável.
Enfim, vamos comemorar os 245 anos de Porto Alegre, uma senhora idosa. A cidade merece tudo o que de bom possa ser feito por ela e muito mais. Mais gente empregada, mais cidadania, maior responsabilidade. E sempre com todos nós colaborando no que for possível. Tudo porque Porto Alegre, realmente, é demais.
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