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Opinião

- Publicada em 20 de Março de 2017 às 15:08

Manter a guarda contra a corrupção

A Lava Jato tenta recuperar R$ 38 bilhões desviados por esquemas de corrupção. Só a Odebrecht movimentou US$ 3 bilhões em caixa-2 entre 2008 e 2014, segundo um ex-funcionário da empresa. A chapa Dilma/Temer recebeu R$ 150 milhões, Eduardo Cunha recebeu R$ 52 milhões, Sergio Cabral, R$ 39 milhões. A lista é extensa e pluripartidária: Eliseu Padilha teria recebido R$ 10 milhões; Renan Calheiros, R$ 32 milhões; Antonio Pallocci, R$ 128 milhões; e por aí vai. São milhões que não acabam mais. Até perdemos a noção dos valores... A cada nova revelação, multiplica-se a conta do rombo e se evidencia a completa falta de dignidade destes criminosos do colarinho branco. Diante dos fatos provados e divulgados, todos têm a mesma reação: negam as acusações e apontam o dedo para seus rivais políticos, até mesmo quando pegos em flagrante como no caso do ex-senador Delcídio do Amaral. Não se viu até hoje nenhum pedido de renúncia ou um de desculpas. Nada. A pequenez moral dos partidos políticos e de seus dirigentes contrasta com a competência, o rigor e a diligência do Ministério Público, da Polícia Federal e da força-tarefa de Curitiba. E após três anos de Operação Lava Jato, com revelações semanais, é normal que a população já tenha perdido a noção do tamanho do prejuízo e da gravidade dos fatos. A banalização destes episódios faz com que as palavras percam seu significado e os valores fiquem vazios. Um novo escândalo de corrupção, infelizmente, já não causa tanta perplexidade. Os corruptos torcem por essa saturação. E o tempo é um ativo precioso para aqueles que contam com a perda da capacidade de indignação da sociedade aliada à lentidão do Supremo Tribunal Federal (STF) para resolver casos criminais. O tapete que escondia a sujeira já não existe mais, e isso é irreversível. No entanto, é preciso manter a "guarda alta" para passar tudo a limpo até o fim. Só assim o Brasil vai conseguir renovar sua política, revigorar a democracia e encontrar um novo caminho para se desenvolver.
A Lava Jato tenta recuperar R$ 38 bilhões desviados por esquemas de corrupção. Só a Odebrecht movimentou US$ 3 bilhões em caixa-2 entre 2008 e 2014, segundo um ex-funcionário da empresa. A chapa Dilma/Temer recebeu R$ 150 milhões, Eduardo Cunha recebeu R$ 52 milhões, Sergio Cabral, R$ 39 milhões. A lista é extensa e pluripartidária: Eliseu Padilha teria recebido R$ 10 milhões; Renan Calheiros, R$ 32 milhões; Antonio Pallocci, R$ 128 milhões; e por aí vai. São milhões que não acabam mais. Até perdemos a noção dos valores... A cada nova revelação, multiplica-se a conta do rombo e se evidencia a completa falta de dignidade destes criminosos do colarinho branco. Diante dos fatos provados e divulgados, todos têm a mesma reação: negam as acusações e apontam o dedo para seus rivais políticos, até mesmo quando pegos em flagrante como no caso do ex-senador Delcídio do Amaral. Não se viu até hoje nenhum pedido de renúncia ou um de desculpas. Nada. A pequenez moral dos partidos políticos e de seus dirigentes contrasta com a competência, o rigor e a diligência do Ministério Público, da Polícia Federal e da força-tarefa de Curitiba. E após três anos de Operação Lava Jato, com revelações semanais, é normal que a população já tenha perdido a noção do tamanho do prejuízo e da gravidade dos fatos. A banalização destes episódios faz com que as palavras percam seu significado e os valores fiquem vazios. Um novo escândalo de corrupção, infelizmente, já não causa tanta perplexidade. Os corruptos torcem por essa saturação. E o tempo é um ativo precioso para aqueles que contam com a perda da capacidade de indignação da sociedade aliada à lentidão do Supremo Tribunal Federal (STF) para resolver casos criminais. O tapete que escondia a sujeira já não existe mais, e isso é irreversível. No entanto, é preciso manter a "guarda alta" para passar tudo a limpo até o fim. Só assim o Brasil vai conseguir renovar sua política, revigorar a democracia e encontrar um novo caminho para se desenvolver.
Deputado federal (Rede)
 
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