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Opinião

- Publicada em 16 de Março de 2017 às 15:18

Meritocracia no serviço público?

A origem da palavra meritocracia vem do latim (meritum = mérito) e do sufixo grego antigo "cracia" que significa poder. É um sistema de gestão que considera o mérito como a razão principal para se atingir posições de topo. Embora o sufixo "cracia" sugira um sistema de governo, ela possui, um sentido mais amplo. Em organizações, pode ser uma forma de recompensa por esforços, e é nesse sentido que quero explorar na dinâmica dos serviços prestados pelos governos.
A origem da palavra meritocracia vem do latim (meritum = mérito) e do sufixo grego antigo "cracia" que significa poder. É um sistema de gestão que considera o mérito como a razão principal para se atingir posições de topo. Embora o sufixo "cracia" sugira um sistema de governo, ela possui, um sentido mais amplo. Em organizações, pode ser uma forma de recompensa por esforços, e é nesse sentido que quero explorar na dinâmica dos serviços prestados pelos governos.
Não é justo generalizar, mas a qualidade e a eficácia do serviço público é, via de regra, de baixa qualidade. Temos diversos processos que são morosos e fragmentados. A resposta para essa dinâmica parece óbvia: por que o servidor vai atender 20 processos em um dia para ganhar a mesma coisa caso atenda apenas cinco? Ou por que caprichar para a tarefa sair com mais qualidade se não ganha nada por isso? Infelizmente, a garantia de emprego e a remuneração fixa trazem um conformismo totalmente contrário à produtividade, delegando ao perfil empreendedor do servidor a agilidade e qualidade do serviço. Os trabalhadores brasileiros são menos produtivos que a maioria dos trabalhadores de outros países. Um norte-americano produz quatro vezes mais, e o chileno, duas vezes mais que o brasileiro. Precisamos urgentemente alterar a estrutura dos serviços públicos visando uma melhor entrega e vinculando a produtividade na remuneração. Sabemos que dependemos da mudança de legislação, mas precisamos dar o "pontapé" inicial, sob pena de dificultar ainda mais o empreendedorismo e, por consequência, a retomada do crescimento.
É possível levar a meritocracia para o serviço público? Sim! Basta que as regras fiquem bem definidas, a partir de uma legislação clara. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Indústria ano passado apontou que a proporção de brasileiros que acreditam que pagam caro por serviços públicos ruins é cada vez maior. Considerando a quantidade de impostos pagos no País, 90% dizem que os serviços deveriam ser mais efetivos. Em 2013, eram de 83% e, em 2010, de 81%. Portanto, a insatisfação é crescente. Construir um plano justo de desenvolvimento profissional, baseado na meritocracia, é a saída para termos serviços públicos de qualidade.
Presidente do Sescon-RS
 
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