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Estados Unidos

- Publicada em 01 de Março de 2017 às 15:27

Novo decreto retira Iraque da lista de países proibidos

O novo decreto de imigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, removerá o Iraque da lista de países cujos cidadãos enfrentam uma proibição temporária de viagem, afirmaram autoridades da Casa Branca, citando o último rascunho em circulação. Trump deverá assinar o documento até o final desta semana.
O novo decreto de imigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, removerá o Iraque da lista de países cujos cidadãos enfrentam uma proibição temporária de viagem, afirmaram autoridades da Casa Branca, citando o último rascunho em circulação. Trump deverá assinar o documento até o final desta semana.
A decisão foi tomada após pressão do Pentágono e do Departamento de Estado, que pediram à Casa Branca para reconsiderar a situação do Iraque, dado o seu papel-chave na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Cidadãos de seis outros países predominantemente muçulmanos - Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen - permanecerão na lista, de acordo com as autoridades, que falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a discutir sobre o assunto. As proibições valem por 90 dias.
A nova ordem inclui outras alterações. As autoridades disseram que as 12 páginas do documento já não colocam os refugiados sírios em uma proibição indefinida e os inclui como parte de uma suspensão geral de 120 dias nas novas admissões.
Na noite de terça-feira, em seu aguardado primeiro discurso ao Congresso, o presidente defendeu uma reforma de imigração baseada no "mérito". Horas antes, ele havia anunciado a jornalistas estar disposto a legalizar a situação de milhões de imigrantes irregulares que não cometeram crimes graves - o que seria uma mudança radical na forma como vinha tratando o tema desde o início de seu governo.
Trump, contudo, não falou sobre a proposta de conceder a esses imigrantes um status que os permita trabalhar e pagar impostos sem o temor de serem deportados. Dos 11 milhões de irregulares nos Estados Unidos, estima-se que apenas 820 mil foram condenados por algum crime. E, dentro dessa fatia, cerca de 300 mil cometeram algum crime grave, como homicídio ou estupro.
No discurso, porém, o presidente preferiu ressaltar a experiência de outros países, como o Canadá e a Austrália, que se baseiam, segundo ele, em um sistema de imigração por mérito. "A mudança deste sistema atual de imigração menos qualificada para um sistema baseado no mérito terá muitos benefícios: economizará muitos dólares, aumentará os salários dos trabalhadores e ajudará as famílias em dificuldade, incluindo as de imigrantes, a entrar para a classe média", argumentou Trump.
 

Cortes no orçamento enfrentam resistência no Congresso

No Congresso, Donald Trump enfrenta resistência à proposta de orçamento apresentada na segunda-feira, às vésperas de sua fala no Capitólio, e que precisa de aval parlamentar. A ideia de aumentar em US$ 54 bilhões os gastos militares às custas de cortes em órgãos como o Departamento de Estado foi questionada inclusive por republicanos.
Segundo a imprensa dos EUA, o presidente pretende reduzir 37% do orçamento do Departamento de Estado e da Usaid (agência para o desenvolvimento internacional), hoje em cerca de US$ 50 bilhões. Segundo o site Politico, está previsto ainda um corte de cerca de 25% na verba da Agência de Proteção Ambiental.
No discurso ao Congresso, Trump ainda fez fortes críticas ao sistema de saúde criado por seu antecessor, Barack Obama, apelidado de Obamacare. "Temos de ajudar os norte-americanos a comprar sua própria cobertura médica, com uso de crédito", disse. Entre as medidas prometidas por ele para a reforma está a diminuição do custo dos seguros-saúde, o fim dos preços altos dos remédios e a garantia de que cidadãos com doenças preexistentes tenham acesso a seguro de saúde.
Durante a fala do presidente norte-americano, foram feitos 3 milhões de comentários no Twitter, um recorde. De acordo com a rede social, a marca anterior, de 2,6 milhões, havia sido registrada durante um discurso no Congresso por Obama, em 2015.