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Conjuntura

- Publicada em 30 de Março de 2017 às 22:19

Ipea projeta elevação de 0,7% do PIB em 2017

Projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quinta-feira indica que o primeiro trimestre deste ano registrará variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, de 0,3%, na série com ajuste sazonal, rompendo uma sequência de dados negativos desde o último trimestre de 2014.
Projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quinta-feira indica que o primeiro trimestre deste ano registrará variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, de 0,3%, na série com ajuste sazonal, rompendo uma sequência de dados negativos desde o último trimestre de 2014.
Para o ano de 2017, o Grupo de Conjuntura do Ipea projeta um aumento de 0,7% do PIB. O instituto estima crescimento econômico de 3,4% em 2018, com inflação em 4,5%. Segundo o diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Jr., a previsão para a retomada econômica do instituto leva em conta a recuperação da indústria e da agropecuária que tem previsão de supersafras de soja e grãos em geral.
De acordo com o Ipea, estas estimativas consideram um cenário em que não haverá grandes mudanças no ambiente externo, que a situação política doméstica se estabilizará e que o Brasil continuará avançando na estruturação de um arcabouço legal que dê suporte a um novo regime fiscal, condição essencial para a viabilidade da retomada do crescimento.
O diretor explicou que as projeções do Ipea estão condicionadas à aprovação das reformas, principalmente a previdenciária, que devem viabilizar a melhora das contas públicas, a reversão na trajetória de alta da dívida pública federal, que subiu para R$ 3,134 trilhões em fevereiro, e a melhora do ambiente de negócios.
"A gente fez a análise baseada num cenário com reformas. A aprovação ou não de reformas terá grande impacto tanto nas projeções deste ano quanto do ano que vem", disse Souza Jr. "Se as reformas não forem aprovadas, o cenário fica muito incerto. É essencial que hoje a gente tenha algum nível de certeza sobre a capacidade do governo de reverter a trajetória da dívida pública, que continua em expansão."
Segundo projeções do Ipea, o processo de desinflação em curso continuará ao longo deste ano e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 3,9%, bem abaixo do centro da meta de inflação para o ano (4,5%). Em 2018, à medida que a atividade econômica acelere, a inflação poderá voltar a subir levemente para níveis próximos do centro da meta.
"Estamos em trajetória de queda da inflação e isto dá conforto para as mudanças de política monetária que o Banco Central está implantando. Já há claramente uma redução de expectativa de inflação", disse o diretor do Ipea.
O cenário traçado pelo Grupo de Conjuntura do Ipea é redução de juros, o que pode permitir ao Banco Central (BC) levar a Selic para 8,75% ao ano no final de 2017 e mantê-la nestes mesmo patamar em 2018.
Em fevereiro, o Copom do BC anunciou o quarto corte seguido na taxa. Por unanimidade, reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, de 13% ao ano para 12,25% ao ano.
 

Índice que reajusta aluguel sobe 4,86% em 12 meses

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado no reajuste de aluguéis, registrou alta de 4,86% no acumulado de 12 meses. O índice variou 0,01% em março, mostrando queda em relação a fevereiro.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo o levantamento, em março de 2016, o índice ficou em 0,51%. No acumulado dos primeiros três meses de 2017, apresentou variação de 0,74%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo teve variação de -0,17%. No mês anterior, a taxa foi de -0,09%. O índice relativo aos bens finais variou -0,08%, em março. Em fevereiro, esse grupo de produtos mostrou variação de -0,61%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,38% em março, ante 0,39% de fevereiro. Três das oito classes de despesa tiveram queda, sendo que a principal foi educação, leitura e recreação (2,15% para -0,29%).
Também houve queda no grupo transportes (0,51% para 0,15%), com destaque para ônibus urbano (1,13% para 0,42%); e no grupo comunicação (0,28% para -0,69%), com resultado relevante da tarifa de telefone residencial (-0,11% para -2,70%).
Registraram aumento os grupos: alimentação (-0,22% para 0,40%), habitação (0,44% para 0,84%), despesas diversas (0,35% para 0,76%), saúde e cuidados pessoais (0,47% para 0,56%) e vestuário (-0,05% para 0,22%).

BC estima inflação de 4% para este ano e sinaliza cortes maiores de juros

Prestes a intensificar o corte de juros, o Banco Central (BC) mudou a forma de fazer suas projeções para a inflação. Na divulgação do relatório de inflação, a autoridade monetária anunciou, nesta quinta-feira, que passará a adotar um cenário central que leve em consideração as estimativas do mercado para a taxa básica de juros (Selic) e para a taxa de câmbio. O documento sinaliza cortes maiores de juros. O texto cita que o processo de desinflação se espalhou e que se consolidou nos componentes mais sensíveis a juros.
Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa básica de juros para 12,25% ao ano. "Desde então, a consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária."
Na comparação com as projeções da reunião do Copom de fevereiro, os principais fatores responsáveis pela queda na projeção para 2017 foram a inflação de fevereiro (que veio menor que o esperado), as expectativas de inflação que caíram e fatores ligados ao setor externo, como a taxa de câmbio. Esses elementos, segundo o BC, mais do que compensaram revisões para cima das projeções de curto prazo.
De acordo com o relatório do BC, os indicadores de atividade econômica divulgados recentemente mostram alguns sinais mistos, mas compatíveis com estabilização da economia no curto prazo. O nível de ociosidade permanece elevado, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego. Por isso, o BC revisou a projeção de crescimento para este ano de 0,8% para 0,5%.