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Economia

- Publicada em 29 de Março de 2017 às 18:52

Carne Fraca afeta toda cadeia produtiva do Rio Grande do Sul

Carolina Hickmann
Dados preliminares sugerem que a demanda por animais de corte no Estado foi afetada pela Operação Carne Fraca, que investiga a ação de fiscais do Ministério da Agricultura (Mapa) na liberação irregular de licenças e fiscalização precária de frigoríficos. De acordo com a Farsul, os valores das principais carnes apresentaram queda no Estado desde o anúncio da operação, no dia 17 de março.
Dados preliminares sugerem que a demanda por animais de corte no Estado foi afetada pela Operação Carne Fraca, que investiga a ação de fiscais do Ministério da Agricultura (Mapa) na liberação irregular de licenças e fiscalização precária de frigoríficos. De acordo com a Farsul, os valores das principais carnes apresentaram queda no Estado desde o anúncio da operação, no dia 17 de março.
A queda mais acentuada ficou por conta do preço do quilo do frango, que no dia anterior ao anúncio da operação era vendido por R$ 5,10. O valor registrado atualmente é R$ 4,51, ou seja, 11% menor. De acordo com o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, a queda nos preços dos três tipos de carne está diretamente ligada aos dias em que o País esteve embargado por seus principais importadores. "Teremos um panorama mais claro a partir da próxima semana, ao finalizarmos nosso relatório de exportações, a queda dos valores é somente um indicativo da queda na demanda", afirma.
O economista comenta que a diminuição dos preços teve início no dia 22 deste mês, dois dias após os principais importadores do produto brasileiro anunciarem algum tipo de embargo. Luz teme que estes valores talvez não sejam os menores registrados em razão da operação durante o processo. O diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, porém, comenta que o setor agroindustrial estará sempre suscetível a oscilações de mercado.
A retomada rápida dos mercados externos, para Santos, é fundamental para que o setor - que cresceu 1,1% no ano passado e teve grande procura nos primeiros meses de 2017, graças a casos de gripe aviária na Europa e nos Estados Unidos - possa se restabelecer. Em sua avaliação, a pior das hipóteses, dada as investigações, seria manter os índices de aumento do ano passado.
O setor de carne bovina, por outro lado, registrou queda de 3,2% em 2016 - a terceira anual consecutiva. O preço quilograma do boi gordo teve oscilação de 3,5%, ao passar de R$ 10,04, no dia posterior ao anúncio da investigação, para R$ 9,67 atualmente. O presidente da Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Eduardo Finco, explica que apenas nos próximos meses será possível ver o impacto real no rebanho bovino. "A proporção disso saberemos quando a situação se normalizar", afirma.
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