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indústria

- Publicada em 29 de Março de 2017 às 18:34

Fábricas gaúchas querem voltar a contratar

Rio Grande do Sul foi o principal exportador do País no primeiro semestre, com o embarque de 13 milhões de pares

Rio Grande do Sul foi o principal exportador do País no primeiro semestre, com o embarque de 13 milhões de pares


ANDRÉ NETTO/ARQUIVO/JC
Após 33 meses de queda, o Indicador de Emprego da Sondagem Industrial, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), revela estabilidade, ao alcançar 49,7 pontos em fevereiro, na comparação com janeiro de 2017. Outro índice do levantamento, o da produção industrial, também chega a 49,7 pontos, mostrando, pela proximidade com a linha divisória dos 50, que ficou estável em relação ao primeiro mês do ano.
Após 33 meses de queda, o Indicador de Emprego da Sondagem Industrial, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), revela estabilidade, ao alcançar 49,7 pontos em fevereiro, na comparação com janeiro de 2017. Outro índice do levantamento, o da produção industrial, também chega a 49,7 pontos, mostrando, pela proximidade com a linha divisória dos 50, que ficou estável em relação ao primeiro mês do ano.
Para efeito de comparação, no mesmo período de 2016, o indicador estava em 45,7 pontos e, em 2015, em 40,6.
"A retomada da produção segue abaixo da esperada em função da demora na recuperação do consumo interno; mas, caso ocorra a necessidade de aumentar a produção, o setor industrial gaúcho poderá fazê-lo, visto que a ociosidade permanece elevada", afirma o presidente da Fiergs, Heitor Müller.
A declaração de Müller é amparada pelo resultado da Utilização da Capacidade Instalada (UCI). Mesmo registrando um aumento de três pontos, a UCI chegou a apenas 66% em fevereiro. O índice de UCI em relação à usual (42 pontos) permanece mostrando atividade baixa, ainda que tenha alcançado o maior valor desde abril de 2014.
Os estoques de produtos finais continuaram em ascensão e em níveis elevados no segundo mês do ano, mas de forma menos intensa do que em janeiro. O índice de evolução estoques registrou 51,2 pontos, enquanto em relação ao planejado recuou para 51,9 pontos (era de 53,7 no mês anterior), mais próximo do programado pelas empresas.
Diante da perspectiva apresentada, os empresários gaúchos revelam um maior otimismo para os próximos seis meses. O índice de demanda alcançou 58,9 pontos em março, uma impressão positiva que não ocorria desde abril de 2013 (61 pontos). Nesse cenário mais favorável, a indústria gaúcha pretende aumentar o emprego (51,5 pontos) pela primeira vez desde abril de 2014, e as empresas projetam também intensificar as compras de matérias-primas (56,3). Da mesma forma, o indicador de exportação, mesmo baixando de 56,8 em fevereiro para 55,9 pontos em março, sugere expansão. Por fim, a intenção de investimento voltou a crescer e atingiu 48,6 pontos em março, maior nível em 25 meses, ante os 41,4 observados em fevereiro.
Os indicadores da Sondagem Industrial variam de zero a 100 pontos. Valores menores que 50 indicam queda da produção e do emprego, expectativas negativas e estoques abaixo do esperado. A pesquisa, realizada entre 2 e 14 de março, ouviu 244 empresas sendo 60 pequenas, 87 médias e 97 grandes.

Faturamento da indústria de máquinas sobe 14,5%

Balanço da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entidade que representa a indústria nacional de máquinas e equipamentos, mostra que o faturamento do setor subiu 14,5% na passagem de janeiro para fevereiro. Na comparação com o mesmo período de 2016, houve, porém, queda de 17% na receita.
As fábricas de bens de capital mecânicos fecharam o segundo mês do ano com faturamento de R$ 4,86 bilhões, o que leva para R$ 9,11 bilhões o total faturado no primeiro bimestre, queda de 10,1%. O desempenho do mês reflete o recuo de 26,3%, na comparação anual, do consumo de máquinas no País, que somou R$ 6,12 bilhões em fevereiro. Na comparação mensal, a queda foi de 11,8%.
Nos dois primeiros meses do ano, as compras de bens de capital, um termômetro dos investimentos das empresas nas linhas de produção, registraram queda de 22,4%, totalizando R$ 13,06 bilhões.
Na comparação entre fevereiro deste ano e o mesmo período de 2016, as exportações do setor, de US$ 607,2 milhões, subiram 4,2%, enquanto as importações de máquinas no País encolheram 14%, chegando a US$ 887,7 milhões.
O déficit comercial ficou, então, 37,5% menor do que o saldo negativo de um ano antes e 58,7% abaixo de janeiro, somando US$ 280,4 milhões em fevereiro. O balanço da Abimaq revela ainda que a utilização da capacidade instalada nas fábricas de máquinas brasileiras subiu 0,8% na passagem de janeiro para o mês passado.
 

Confiança do setor industrial avança no mês de março

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,9 pontos em março ante fevereiro, alcançando 90,7 pontos, após cair 1,2 pontos no mês anterior, informou, nesta quarta-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, a média do primeiro trimestre fecha em 89,2 pontos, 3,5 pontos acima do trimestre anterior.
A alta na confiança industrial ocorreu em 17 de 19 segmentos pesquisados e, segundo a FGV, se espalhou por todos os quesitos do levantamento. Houve avanço tanto nas expectativas dos empresários quanto no indicador que mede a situação atual. O Índice de Expectativas (IE) avançou 3,8 pontos, para 93,1 pontos, o maior nível desde abril de 2014 (96,9 pontos) e o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,1 pontos, para 88,5 pontos, o maior desde janeiro de 2015 (89,1 pontos).
No IE, a maior contribuição foi dada pelo quesito que mede as expectativas com a evolução da produção, que teve elevação de 4,6 pontos em março, atingindo 93,3 pontos. Neste período, houve elevação da proporção de empresas que preveem aumentar a produção nos três meses seguintes, de 27,6% para 30,9%, e relativa estabilidade na parcela das que esperam reduzir a produção, que passou de 19,3% para 19,0% do total.
O superintende de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV, Aloisio Campelo Junior, afirma que, com a alta de março, o ICI consolida a tendência de recuperação e atinge um nível próximo ao registrado no início da atual recessão. "O resultado parece retratar um setor em fase de transição no ciclo econômico: traz boas notícias, como o expressivo espalhamento setorial da alta e a melhora das expectativas, combinadas à persistente insatisfação com a situação dos negócios. O cenário econômico é propício à gradual elevação da confiança industrial ao longo dos próximos meses, embora condicionado a sobressaltos e aos riscos inerentes ao ainda elevado grau de incerteza", afirma.