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Conjuntura

- Publicada em 28 de Março de 2017 às 10:41

PIB gaúcho cai 3,1% em 2016, terceiro ano consecutivo de recuo

Queda na safra de milho foi um dos agravantes para a queda do PIB na agropecuária em 2016

Queda na safra de milho foi um dos agravantes para a queda do PIB na agropecuária em 2016


CLAUDIO FACHEL/PALÁCIO PIRATINI/JC
A economia gaúcha amargou em 2016 o terceiro ano consecutivo de queda. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados na manhã desta terça-feira (28), apontam para recuo de 3,1% no ano passado. A Fundação de Economia e Estatística (FEE) ressaltou que o indicador ficou em situação melhor que a do Brasil, cujo PIB reduziu 3,6% no mesmo ano.
A economia gaúcha amargou em 2016 o terceiro ano consecutivo de queda. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados na manhã desta terça-feira (28), apontam para recuo de 3,1% no ano passado. A Fundação de Economia e Estatística (FEE) ressaltou que o indicador ficou em situação melhor que a do Brasil, cujo PIB reduziu 3,6% no mesmo ano.
Em três anos, a economia gaúcha acumula 6,7% de queda, apontou o economista da FEE Roberto Rocha. A última vez que a economia do RS apresentou queda em três anos consecutivos foi em 1980, 1981 e 1982, com -3,8%. Rocha cita que no desfecho de 2016 a indústria apresentou crescimento.
Em 2016, o desempenho da agropecuária foi prejudicado por safras menores de arroz, milho e fumo (-13,7%, -15% e -21,6%, respectivamente). Com isso, o PIB agropecuário gaúcha teve queda geral de 4,5%. Mesmo assim, a taxa foi menos pior que a do setor nacional, com -6,6%). Logo depois vem a indústria, com recuo de 3,1%. A de transformação alcançou -4,3%. Nos serviços, a queda foi de 2,1%.
O diretor técnico da FEE, Martinho Lazzari, destaca a expectativa do setor agropecuário com a safra de 2017, que deve ser a maior da história. “Todos os indicadores apontam para um desempenho extremamente positivo da agricultura, o que sempre beneficia direta e indiretamente outros setores da economia”, relaciona Lazzari. Mas um segmento que preocupa agora é de carnes, devido aos embargos em consequência da Operação Carne Fraca. “Isso irá refletir no segundo trimestre de 2017 e sua dimensão ainda deverá ser avaliada."
A única atividade que apresentou desempenho positivo nos serviços e para todos os ramos pesquisados em 2016 foi a imobiliária, com alta de 1,1%. Nas demais atividades dos serviços, a maior queda foi observada no comércio e reparação de veículos (-5,3%).

Indústria mostra fôlego no fechamento do ano

Fabricação de máquinas e equipamentos teve alta de 19,6% no 4º trimestre de 2016

Fabricação de máquinas e equipamentos teve alta de 19,6% no 4º trimestre de 2016


CLAITON DORNELLES/JC
A FEE observa que o confronto trimestral mostrou desaceleração da queda. O quarto trimestre de 2016 caiu 0,5% frente ao terceiro trimestre. O Brasil recuou 0,9%. Mas frente ao mesmo trimestre de 2015, a queda foi de 1,5%, e no Brasil de 2,5%. Segundo os economistas, o quarto trimestre de 2016 foi influenciado pelo desempenho positivo da indústria de transformação, que cresceu 2,7% frente ao terceiro trimestre e 1,1% ante o mesmo trimestre de 2015.
O destaque foi a fabricação de máquinas e equipamentos, com crescimento de 19,6% no período, devido principalmente a maior fabricação de tratores agrícolas, máquinas para colheita e suas partes e peças. Esse comportamento é decorrente da capitalização do setor agropecuário e das expectativas de safra para 2017.
Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, afirma que o pior momento para a indústria na atual recessão foi no segundo semestre de 2015. "Agora vemos o setor de máquinas e equipamentos dar início a uma recuperação. Já as atividades que dependem da renda interna, o alto desemprego e os rendimentos reais ainda baixos dificultam a retomada", observa Rocha.