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Economia

- Publicada em 26 de Março de 2017 às 20:51

Onda de notícias ruins abala confiança do brasileiro

Em fevereiro, Caged saiu com dados positivos de 35,6 mil novas vagas

Em fevereiro, Caged saiu com dados positivos de 35,6 mil novas vagas


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
O medo é mais forte que a confiança. Quando se instala, tudo paralisa, congela a economia. O Brasil está colecionando medos. Depois do segundo ano de recessão (2015-2016), num recuo acumulado de 7,2% do PIB, anunciado pelo IBGE no início do mês, a economia até começa a dar sinais de recuperação, como o aumento da confiança e a volta do emprego com carteira assinada, mas as notícias ruins não param de nublar o horizonte.
O medo é mais forte que a confiança. Quando se instala, tudo paralisa, congela a economia. O Brasil está colecionando medos. Depois do segundo ano de recessão (2015-2016), num recuo acumulado de 7,2% do PIB, anunciado pelo IBGE no início do mês, a economia até começa a dar sinais de recuperação, como o aumento da confiança e a volta do emprego com carteira assinada, mas as notícias ruins não param de nublar o horizonte.
A última foi a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que desbaratou esquema de fraude na produção de carnes em alguns frigoríficos de marcas conhecidas dos brasileiros.
Esse medo já desembocou nas exportações do produto, que desabaram 99% na primeira semana. Isso acontece no momento em que o surto de febre amarela se espalha pelos estados e já matou 162. Nas ruas, a violência urbana está cada vez mais perto. No estado do Rio, 476 pessoas foram mortas em janeiro, pelo menos uma morte a cada duas horas. Samy Dana, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), lembra o discurso do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, no qual ele falava que "tinha medo do medo".
Esses fatos paralelos à economia chegam quando a confiança voltou aos níveis de 2014, antes de a crise econômica ficar mais grave. "Não dá para falar em otimismo, podemos falar de pessimismo mais moderado, respaldado por novidades da economia, com a inflação cedendo, juros caindo, FGTS sendo liberado", diz Aloisio Campelo, coordenador das sondagens da FGV.
Embora o medo do desemprego continue alto, em fevereiro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostrou que foram abertas 35,6 mil vagas com carteira assinadas, depois de quase dois anos de queda. E alguma notícia boa aumenta a confiança, que pode se refletir no consumo e no investimento, num círculo mais virtuoso.
"O medo tem mais efeito psicológico que a confiança. Falar dos perigos vende mais do que das vantagens", diz Sammy Dana.
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