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Consumo

- Publicada em 22 de Março de 2017 às 17:28

Intenção de consumo dos gaúchos apresenta alta de 2,9% em março

Compra de bens duráveis, de maior valor, vem sendo postergada, segundo pesquisa

Compra de bens duráveis, de maior valor, vem sendo postergada, segundo pesquisa


MARCOS NAGELSTEIN/ARQUIVO/JC
A pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da Fecomércio-RS mostrou elevação na intenção de consumo dos gaúchos na comparação com o ano anterior. O indicador apresentou alta de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 65,4 pontos. "O cenário é de recuperação na economia. O mais importante está acontecendo: a intenção de consumo das famílias dá indícios de que está num processo de retomada. Entretanto, para o pessimismo virar otimismo ainda há um longo caminho a percorrer", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
A pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da Fecomércio-RS mostrou elevação na intenção de consumo dos gaúchos na comparação com o ano anterior. O indicador apresentou alta de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 65,4 pontos. "O cenário é de recuperação na economia. O mais importante está acontecendo: a intenção de consumo das famílias dá indícios de que está num processo de retomada. Entretanto, para o pessimismo virar otimismo ainda há um longo caminho a percorrer", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Apesar de tímida, a alta revela uma tendência de recuperação lenta e gradual do índice desde julho/2016, marcado por alguns períodos de estagnação.
O indicador relativo às perspectivas de consumo foi o que apresentou o maior aumento na comparação interanual: cresceu 64,5% em relação a março/2016, registrando 95,9 pontos. A perspectiva de retomada do mercado de trabalho, fortalecida recentemente com os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), também foi outro componente que impactou de forma positiva o ICF deste mês. Na avaliação relativa à situação do emprego, a alta na comparação com o mesmo período do ano passado foi de 23,6%, marcando 114,1 pontos. Os resultados do Caged, que têm revelado a criação líquida de postos de trabalho, vêm aumentando a confiança dos trabalhadores em relação à manutenção do emprego.
Ainda no âmbito do mercado de trabalho, a avaliação quanto à situação de renda atual caiu 37,7% na comparação com março/2016, alcançando 46,7 pontos. Esse cenário persiste, pois, apesar da inflação em queda, os preços continuam aumentando, o que acaba levando a uma percepção de renda menor. A perspectiva profissional foi outro dado negativo no ICF desse mês que registrou 66,6 pontos, recuando 31,4% em relação a março/2016.
A previsão de melhora na economia e os resultados do mercado de trabalho formal gaúcho ainda não se traduziram em uma maior confiança dos trabalhadores no que se refere à melhoria de cargos e salários.
Em relação ao consumo, o índice persiste bastante deprimido, 40,7 pontos, apesar de ter apresentado alta de 10,6% na comparação com março/2016. A facilidade de acesso ao crédito caiu 0,2%, atingindo 50,6 pontos. O crédito permanece caro e os bancos, por sua vez, continuam muito restritivos na liberação de recursos. Já o indicador que mede o momento para o consumo de bens duráveis alcançou 43,1 pontos, apresentando crescimento de 24,8%. A base de comparação bastante deprimida colabora para o registro de grandes variações. Apesar da alta em março, a pesquisa destaca que o cenário atual de renda e crédito afeta de forma especial o consumo de bens duráveis, itens geralmente de maior valor.
O ICF deverá se manter em patamar reduzido ao longo de 2017, apesar da melhora registrada em março. O impacto positivo na intenção de consumo pode ocorrer caso se confirme a tendência de criação de postos de trabalho. "Os últimos dois meses foram positivos para o emprego no Rio Grande do Sul, mas ainda é cedo para isso demarcar uma tendência. Se isso se confirmar poderemos ver num futuro próximo uma melhora na intenção de consumo das famílias e, consequentemente, no comércio de bens, serviços e turismo no estado", analisa o presidente da Fecomércio-RS.

Vendas reais do varejo caem 2,3% em fevereiro e devem permanecer no vermelho neste mês

O varejo registrou queda real de 2,3% nas vendas em fevereiro, de acordo com dados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). O indicador, que já desconta a inflação do período, representa uma desaceleração do ritmo de queda na comparação com meses anteriores e é o menor recuo na comparação anual desde abril de 2015.
A previsão das redes de varejo que compõem a entidade é de que as vendas ainda sigam em território negativo em março, mas com crescimento a partir de abril. O Índice Antecedente de Vendas (IAV - IDV), baseado nas estimativas de grandes varejistas associadas ao IDV, prevê uma queda de 1,1% em março e crescimento de 3,9% e 3,1% em abril e maio, respectivamente.
O segmento de bens não duráveis, que inclui supermercados, redes de alimentação, drogarias e perfumarias, apresentou queda de 2,6% nas vendas realizadas em fevereiro, na comparação anual. As projeções futuras para esse segmento são de queda de 4,6% em março e crescimento de 4,6% em abril e de 1,21%, em maio.
Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, apresentou em fevereiro queda real de 2% nas vendas na comparação anual. A expectativa para os próximos meses é de alta de 5,6% em março, 2,4% em abril e 7,4% em maio, sempre em relação aos mesmos períodos do ano anterior.
Nos bens duráveis, a queda nas vendas em fevereiro chegou a 1,4% na comparação com o mesmo mês de 2015. A projeção dos associados do IDV para os próximos meses é de crescimento de 5,6% em março, 2,9% em abril e 6,3% em maio.
O IDV representa 69 empresas varejistas entre as maiores do País, incluindo nomes como C&A, Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Renner e Magazine Luiza.