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INFRAESTRUTURA

- Publicada em 21 de Março de 2017 às 17:23

Demanda de passageiros recua 5,3% em fevereiro

Aéreas nacionais transportaram 6,612 milhões de pessoas no período

Aéreas nacionais transportaram 6,612 milhões de pessoas no período


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou queda de 5,3% em fevereiro de 2017 na comparação com o mesmo mês de 2016, informou ontem a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o resultado, o setor aéreo brasileiro já registra 19 meses consecutivos de retração na demanda.
A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou queda de 5,3% em fevereiro de 2017 na comparação com o mesmo mês de 2016, informou ontem a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o resultado, o setor aéreo brasileiro já registra 19 meses consecutivos de retração na demanda.
A oferta por transporte aéreo doméstico, por sua vez, diminuiu 6,2% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, na 18ª baixa sucessiva do indicador. Com a oferta diminuindo num ritmo mais elevado que a demanda, a taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras cresceu 0,8 ponto percentual (p.p.) no mês passado na comparação anual, para 79,1%.
A Gol liderou o mercado doméstico em fevereiro, com uma participação, medida pelo indicador de demanda RPK, de 35,6%, acima dos 32,3% de sua principal concorrente, a Latam. A Azul ficou em terceiro lugar no mês passado, com 18,2% do market share, enquanto a Avianca Brasil registrou 13,3% de participação.
As empresas aéreas nacionais transportaram um total de 6,612 milhões de passageiros pagos no mercado doméstico em fevereiro, queda de 6,19% em relação ao mesmo mês de 2016. Já a carga paga transportada no mercado doméstico foi de 30,644 mil toneladas no mês passado, uma retração de 0,1% na base anual.
Nos dois primeiros meses do ano, a demanda doméstica acumula queda de 3,3% ante o mesmo período de 2016, enquanto a oferta doméstica recua 4,5% na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos chega a 82% no primeiro bimestre deste ano, índice 1,1 p.p. superior ao mesmo período do ano passado.
Ao todo, foram transportados 15,140 milhões de passageiros no segmento doméstico em janeiro e fevereiro, montante 5,4% inferior ao verificado nos primeiros dois meses de 2016. A carga transportada, por sua vez, soma 58.791 toneladas, uma queda de 3,6% na mesma base de comparação.
 

Mais de 10 aeroportos poderão ser concedidos, afirma ministro

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou ontem que os aeroportos de Goiânia, Recife e Vitória deverão fazer parte de uma nova oferta para a concessão de 10 novos terminais da Infraero para a iniciativa privada. A oferta ainda está em estudo e deve ocorrer apenas em 2018.
Ao deixar evento organizado pelo Council of the Americas, Dyogo Oliveira disse que o governo estuda "uma extensa lista" de aeroportos para uma nova oferta de terminais à iniciativa privada. Entre os nomes em estudo, o ministro mencionou que os aeroportos de Goiânia, Recife e Vitória poderão ser concedidos à iniciativa privada - a exemplo da bem-sucedida concessão dos terminais de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza, realizada na semana passada.
Oliveira também confirmou que a Infraero continuará responsável por Congonhas, Santos Dumont, Curitiba e Manaus. Segundo o ministro, ainda está em estudo qual será o plano de negócios dessa "nova Infraero", e o governo trabalha com a possibilidade de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) dessa nova companhia ou uma operação de fusão e aquisição.
O modelo do negócio será decidido após contratação de assessoria financeira para esse plano e avaliação do valor dessa empresa.

Iata estuda programa para facilitar embarque em voos

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) trabalha, junto ao governo brasileiro e à Polícia Federal (PF), na implantação de um programa que visa facilitar o embarque nos voos domésticos no País e reduzir filas nos aeroportos.
Segundo o diretor-geral da Iata no Brasil, Carlos Ebner, a ideia é criar um sistema semelhante ao existente nos Estados Unidos, em que passageiros previamente cadastrados podem utilizar uma espécie de "fila rápida" para o embarque em alguns aeroportos, com menos etapas.
"Os Estados Unidos são muito rigorosos, é preciso tirar sapatos, cinto, paletó, laptop... Mas, com o pré-cadastro, não é preciso tirar nada", disse Ebner. "O processo todo leva cerca de dois minutos."
Para o executivo, a implantação de um sistema como esse trará grandes benefícios aos passageiros, sobretudo os que viajam com frequência. Segundo ele, as autoridades brasileiras já demonstraram interesse na iniciativa - na semana que vem, a Iata ministrará um workshop para a Polícia Federal e agentes de governo para dar mais detalhes sobre experiências semelhantes verificadas em outros países.
Questionado sobre os critérios para o cadastramento na "fila rápida", Ebner disse que as diretrizes ainda estão sendo analisadas pela Polícia Federal. "A ideia é fazer o mais rápido possível", disse, ressaltando que, em termos de infraestrutura, não são necessárias grandes intervenções nos aeroportos brasileiros. "O objetivo da Iata é fazer com que o passageiro tenha uma melhor experiência nos aeroportos."