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Economia

- Publicada em 21 de Março de 2017 às 17:38

Desembolsos do Bndes caem 11,7% e somam R$ 5,3 bilhões em fevereiro

Agência Estado
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) desembolsou R$ 5,3 bilhões em fevereiro deste ano, 11,7% menos que no mesmo mês do ano passado (R$ 6 bilhões). A liberação de crédito no bimestre foi de R$ 10 bilhões, queda de 16% comparado a igual período de 2016, um "reflexo do quadro econômico brasileiro de baixo investimento", afirmou o banco em comunicado oficial.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) desembolsou R$ 5,3 bilhões em fevereiro deste ano, 11,7% menos que no mesmo mês do ano passado (R$ 6 bilhões). A liberação de crédito no bimestre foi de R$ 10 bilhões, queda de 16% comparado a igual período de 2016, um "reflexo do quadro econômico brasileiro de baixo investimento", afirmou o banco em comunicado oficial.
Em 12 meses, foram desembolsados R$ 86,4 bilhões, recuo de 33%. As consultas alcançaram R$ 4,428 bilhões no mês passado.
A queda do desembolso no bimestre foi mais concentrada na indústria, que recebeu R$ 1,8 bilhão, recuo de 47% ante igual período de 2016. O setor industrial ficou com 18,7% do total emprestado pelo Bndes no início deste ano. Segundo o comunicado, "a capacidade ociosa da indústria ainda não estimula a tomada de crédito para investimentos no setor". Para o ano, porém, "a expectativa é de recuperação da demanda por recurso do Bndes em uma conjuntura econômica mais favorável".
Na análise por porte de empresa, o recuo dos desembolsos do Bndes no bimestre foi mais forte entre as grandes companhias, que registraram queda de 19% na comparação anual. As médias empresas tiveram alta de 29%. Enquanto a liberação de crédito ao segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) caiu 10%, "por causa da retração mais aguda entre as microempresas, uma vez que as liberações para pequenas ficaram estáveis".
Apesar de ressaltar o fraco desempenho do setor industrial, o Bndes informa que há sinais de melhora. A aprovação de financiamento para o segmento de máquinas e equipamentos, em uma fase prévia ao desembolso, subiu 35% no bimestre, ante igual período de 2016. Já o volume de consultas da indústria - primeira etapa do processo de obtenção de crédito - aumentou 64% na mesma base de comparação.
"Indicadores apontam para a retomada da demanda por crédito do Bndes para investimentos com recuperação gradual da economia", traz o comunicado. Segundo o banco, há "redução do ritmo de queda" do desembolso desde o segundo semestre de 2016. No primeiro semestre do ano passado, a retração em relação a igual período do ano anterior foi de 42%. No segundo semestre, de 28%. "Em 2017, a retração de 16% no primeiro bimestre seguiu a tendência, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior", informou.
Entre os setores mais financiados, o destaque foi o agropecuário, que recebeu R$ 2,337 bilhões no bimestre, alta de 11% na comparação com o período de janeiro a fevereiro de 2016. "Em meio a uma safra recorde, o setor respondeu por 23,3% das liberações do Bndes no período, refletindo diversos programas agrícolas do governo federal", informou o banco.
Dos R$ 10 bilhões liberados em janeiro e fevereiro, R$ 3,4 bilhões, foram para o setor de infraestrutura, recuo de 10% em relação ao primeiro bimestre de 2016. Três subsetores de infraestrutura, porém registraram alta: telecomunicações (270%), transporte ferroviários (85%) e energia elétrica (48%). Comércio e serviços ficou com pouco mais de 24% do total desembolsado, R$ 2,4 bilhões, queda de 1%.
O Bndes destacou que dentro da linha criada para viabilizar capital de giro em um cenário recessivo, o Progeren, foram desembolsados R$ 1,25 bilhão, quase a metade do valor registrado em todo o ano passado, R$ 2,7 bilhões. Em 12 meses, o desembolso foi de R$ 3,6 bilhões. "Diante da necessidade de seguir atuando para preservar as atividades e os empregos em empresas com dificuldade de acesso a crédito de curto prazo, o Bndes ampliou o Progeren em janeiro deste ano. A linha passou a ser oferecida também na modalidade direta, sem intermediação de agentes financeiros", informou.
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