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Relações Internacionais

- Publicada em 14 de Março de 2017 às 20:18

Acordo consolida integração RS-Misiones

Termos foram discutidos em rodadas temáticas durante seminário

Termos foram discutidos em rodadas temáticas durante seminário


KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI/JC
A integração entre o Rio Grande do Sul e a província argentina de Misiones foi selada ontem, no Parque do Conhecimento, em Posadas, com a assinatura, pelos governadores José Ivo Sartori e Hugo Passalacqua, de um acordo bilateral de cooperação nas áreas de turismo, meio ambiente, desenvolvimento econômico, segurança, agricultura e saúde. Os termos do acordo foram discutidos nas mesas temáticas do Seminário Bilateral Novas Oportunidades de Negócios RS Misiones.
A integração entre o Rio Grande do Sul e a província argentina de Misiones foi selada ontem, no Parque do Conhecimento, em Posadas, com a assinatura, pelos governadores José Ivo Sartori e Hugo Passalacqua, de um acordo bilateral de cooperação nas áreas de turismo, meio ambiente, desenvolvimento econômico, segurança, agricultura e saúde. Os termos do acordo foram discutidos nas mesas temáticas do Seminário Bilateral Novas Oportunidades de Negócios RS Misiones.
O acordo de cooperação é um marco na parceria entre os dois territórios e prevê o compromisso ativo e permanente entre as partes de serem geradores de uma agenda regional no âmbito do Mercosul. Também reforça as relações e a promoção de atividades conjuntas, e a troca de experiências e conhecimento em diversas áreas de governo, na busca da sustentabilidade econômica e ambiental. O documento tem duração de três anos, prorrogáveis pelo mesmo período e sujeitos a revisão, sempre que necessário.
Sartori lembrou que a integração trará benefícios sociais e comerciais para os dois territórios, que são vizinhos. "O trabalho conjunto vai nos aproximar, e o fortalecimento das relações vai proporcionar que as produções comuns dos estados possam buscar, juntas, novos mercados. Então estão todos desafiados ao trabalho", afirmou o governador. Em reunião com os governadores Passalacqua e Luis Gneinting (Itapua, Paraguai), os chefes dos Executivos estaduais dos três países do Mercosul defenderam a construção de uma ligação física territorial, por meio de uma ponte internacional sobre o rio Uruguai, para unir o Rio Grande do Sul e Misiones, e a criação da Rota Jesuítica das Missões. Os dois pontos constam no acordo assinado.
Os primeiros resultados práticos dessa aproximação estão na área de desenvolvimento ambiental sustentável. Os termos foram discutidos durante a mesa de trabalho temática no seminário. No termo específico do meio ambiente, as secretárias do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, e de Ecologia e Recursos Naturais Renováveis, Verônica Derna, se comprometem em conjugar esforços técnicos em prol do desenvolvimento ambiental sustentável das duas regiões.
Será constituído um comitê de governança, encarregado de dar continuidade às pautas de colaboração, com ênfase para as políticas e medidas de adaptação às mudanças climáticas, sistema de alerta e prevenção de fenômenos naturais severos, monitoramento da qualidade da água do rio Uruguai, unificação da legislação da pesca esportiva e comercial no rio Uruguai, e o manejo conjunto dos parques Estadual do Turvo (Derrubadas - RS) e provincial de Moconá (San Pedro - Misiones).
"Estamos com o Turvo do nosso lado e o Moconá do lado deles, então já integramos a gestão e agora queremos apresentar para a Unesco a proposta dele se transformar em um geoparque. Seria o primeiro geoparque binacional das Américas, que daria outra conotação científica a essa unidade de conservação, e certamente vai atrair turistas e cientistas", afirmou Ana Pellini. A secretária lembrou que "o meio ambiente se divide por problemas".

Maior integração na América Latina estimulará crescimento, diz Bird

A integração econômica entre os países da América Latina e do Caribe tornará a região mais competitiva nos mercados internacionais e estimulará o crescimento no longo prazo, concluiu o Banco Mundial (Bird, na sigla em inglês) no relatório Better Neighbors: Toward a Renewal of Economic Integration in Latin America (Melhores vizinhos: uma renovada integração econômica na América Latina, em tradução livre), divulgado ontem, em Washington.
A integração é especialmente importante para a região que está se recuperando após dois anos de recessão, diz a instituição.
O banco lembra que, desde os anos 1960, a região vem promovendo a sua integração, e essas iniciativas se intensificaram a partir de meados da década de 1990. Ainda assim, as exportações intrarregionais na América Latina se mantêm em um nível persistente de 20% do total, muito abaixo dos 60% ou 50% das exportações intrarregionais na União Europeia e no Leste da Ásia e Pacífico, respectivamente, diz o relatório.
O Banco Mundial define uma estratégia com cinco vertentes. A primeira é a maior redução tarifária externa, o que pode estimular a atividade econômica local, atrair investimento estrangeiro, proporcionar o intercâmbio de conhecimento entre países vizinhos na região e facilitar a entrada coletiva nos mercados globais de exportação.
A outra sugestão é a maior integração econômica entre a América do Sul, a América Central, o Caribe e o México. "Por meio de novos acordos preferenciais de comércio (APCs), essas sub-regiões poderão se beneficiar ainda mais de suas complementariedades e obter ganhos adicionais com o comércio. Isto será especialmente relevante para economias pequenas que se integrem com outras maiores", diz o banco.
Ele também propõe a harmonização de normas e procedimentos, permitindo que as empresas utilizem materiais provenientes de outros países sem perder acesso preferencial, como costuma acontecer com as normas estabelecidas pelos APCs existentes. Para o Banco Mundial, essa estratégia poderá contribuir para que a região obtenha ganhos mais elevados como consequência desses acordos.
A baixa eficiência portuária também faz com que a conectividade da região com as redes de transporte marítimo e aéreo seja comparativamente mais fraca e cara", diz o Banco Mundial.