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Economia

- Publicada em 09 de Março de 2017 às 18:49

Expectativa com 'lista de Janot' alimenta apostas no mercado financeiro

Agência Estado
A tensão em torno da divulgação das delações premiadas dos 78 executivos da Odebrecht chegou ao mercado financeiro e serviu de combustível nesta quinta-feira (9), para apostas de juros e câmbio no mercado futuro. Há expectativa de que nos próximos dias o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhe ao Supremo Tribunal Federal (STF) o material da investigação com base nas denúncias feitas pela empreiteira.
A tensão em torno da divulgação das delações premiadas dos 78 executivos da Odebrecht chegou ao mercado financeiro e serviu de combustível nesta quinta-feira (9), para apostas de juros e câmbio no mercado futuro. Há expectativa de que nos próximos dias o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhe ao Supremo Tribunal Federal (STF) o material da investigação com base nas denúncias feitas pela empreiteira.
Com base nos rumores em torno dessa operação, a alta nos juros futuros bateram máximas na BMF&Bovespa. No cenário de especulações, o DI para janeiro de 2019 batia máxima de 9,81% (9,80% no fechamento da sessão). O dólar chegou a subir 0,98%, atingindo a máxima de R$ 3,1985, mas a cotação no fechamento ficou em R$ 3,1945 à vista.
A movimentação de hoje do mercado parece um tanto precipitada, já que há um trâmite relativamente extenso a ser seguido desde o encaminhamento do material da PGR ao Supremo - que vem sendo chamado de "a nova lista de Janot" - até a sua efetiva divulgação. A começar pela própria quebra de sigilo, que irá depender da avaliação do ministro Luiz Edson Fachin, relator do processo no STF. São 950 depoimentos de executivos e ex-executivos, com tempo de duração ainda desconhecido. Sabe-se que há depoimentos que duraram quatro horas e outros, como o de Marcelo Odebrecht, que se estendeu por mais de um dia.
Janot revelou a interlocutores a intenção de pedir que o sigilo do conteúdo das delações seja derrubado depois do encaminhamento ao STF. Todos os pedidos serão analisados por Fachin, que substituiu Teori Zavascki - morto em janeiro em um acidente aéreo - no caso.
Se a solicitação de Janot for atendida, as revelações feitas pela Odebrecht serão conhecidas quando Fachin abrir os inquéritos ou encaminhar à Justiça Federal de outros Estados trechos de investigação. Uma parte do material será mantida em segredo, nos casos em que se avaliar que a divulgação pode prejudicar o trabalho de investigação.
Devido à grande especulação em torno dos possíveis nomes citados pelos executivos da Odebrecht, uma parte dos investigadores envolvida no caso considera que a divulgação do material é importante em nome da "segurança institucional". Mas a própria divulgação será uma tarefa complexa para a assessoria do STF, que já se prepara para tentar dar agilidade operacional ao caso.
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