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Economia

- Publicada em 06 de Março de 2017 às 19:03

Diretores do BC apontam Selic menor

Dirigentes do Banco Central sinalizam intensificação no corte dos juros

Dirigentes do Banco Central sinalizam intensificação no corte dos juros


CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/AE/JC
Os diretores do Banco Central (BC) reafirmaram ontem, em reunião com economistas no Rio de Janeiro, que o atual cenário econômico "prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária", sinalizando intensificação no corte dos juros básicos da economia, a taxa Selic. A afirmação consta em nota sobre o encontro com economistas, cujo texto trouxe os principais pontos da fala dos diretores.
Os diretores do Banco Central (BC) reafirmaram ontem, em reunião com economistas no Rio de Janeiro, que o atual cenário econômico "prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária", sinalizando intensificação no corte dos juros básicos da economia, a taxa Selic. A afirmação consta em nota sobre o encontro com economistas, cujo texto trouxe os principais pontos da fala dos diretores.
Segundo a nota, o cenário básico do Comitê de Política Monetária (Copom) "prescreve" a antecipação do ciclo diante das "expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia". Esse entendimento já havia sido comunicado ao mercado na ata da reunião de fevereiro do Copom e também nos documentos relacionados ao encontro anterior, realizado no início de janeiro.
Na mesma reunião, o BC voltou a defender a exclusão das projeções do cenário de referência no comunicado divulgado logo após a reunião de fevereiro do Copom. Os diretores defenderam a exclusão dessas estimativas com juro e câmbio constantes pela "relevância das diferentes hipóteses" segundo o momento econômico.
A divulgação de projeções condicionais de inflação nos cenários produzidos pelo Copom faz parte da sua comunicação. A relevância das diferentes hipóteses subjacentes às projeções varia com o estado da economia e com o momento do ciclo de negócios e da política monetária", argumentaram os diretores do BC. "Dessa forma, o Copom pode decidir enfatizar projeções sob determinado conjunto de hipóteses que são mais informativas em determinado momento."
Diante dessa avaliação, os diretores do BC defenderam que a "exclusão das projeções no cenário com taxas de juros e câmbio constantes do Comunicado da 205ª reunião do Copom foi decidida com base nesse princípio". Os diretores também defenderam, na reunião, que, com as expectativas de inflação ancoradas, o trabalho da casa poderá se concentrar em evitar que ajustes de preços gerem efeitos secundários na inflação - seja para cima ou para baixo.
Os diretores do BC voltaram a frisar que o juro neutro no Brasil depende de vários fatores e essas estimativas sobre o patamar da taxa estrutural "invariavelmente envolvem elevado grau de incerteza e, por isso, necessariamente envolvem julgamento". O juro neutro, porém, não é o único fator que determinará a extensão do ciclo de afrouxamento monetário em curso, notam os diretores.
A instituição cita que os membros do Copom frisaram que "as estimativas da extensão do ciclo de flexibilização monetária em curso dependem não apenas da trajetória vislumbrada para a taxa de juros estrutural da economia". Esse ciclo também será influenciado pela "evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco mencionados na decisão da 205ª reunião do Copom, e das projeções e expectativas de inflação".Na ata da reunião divulgada na semana passada, o Copom citou que o juro neutro depende de fatores como "crescimento da produtividade da economia, perspectivas para a política fiscal, qualidade do ambiente contratual e de negócios, eficiência na alocação de recursos via sistema financeiro e qualidade das políticas econômicas".
Participaram do encontro os diretores Carlos Viana de Carvalho (Política Econômica) Tiago Couto Berriel (Assuntos Internacionais) e Reinaldo Le Grazie (Política Monetária).
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