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Repórter Brasília

- Publicada em 23 de Março de 2017 às 16:45

O fim do sonho

O procurador Deltan Dallagnol esperava chegar ao paraíso com as 10 medidas contra a corrupção. As propostas, apresentadas pelo Ministério Público Federal, prometiam um Brasil com um quase Código de Hamurabi para tratar da corrupção. Dallagnol e o resto dos procuradores assistiram atônitos aos deputados transformarem os instrumentos para atingir implacavelmente os malfeitores em um carinho quase maternal. As 10 medidas viraram, em uma votação noturna, a anistia ao caixa-2. Desde o final do ano passado, o perdão ao caixa-2 paira sobre o Congresso. Depois da tentativa de perdão, um grupo de ilustres, aí incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), apareceu defendendo a diferença entre caixa-2 e corrupção. Foi o suficiente para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltar a defender a anistia.
O procurador Deltan Dallagnol esperava chegar ao paraíso com as 10 medidas contra a corrupção. As propostas, apresentadas pelo Ministério Público Federal, prometiam um Brasil com um quase Código de Hamurabi para tratar da corrupção. Dallagnol e o resto dos procuradores assistiram atônitos aos deputados transformarem os instrumentos para atingir implacavelmente os malfeitores em um carinho quase maternal. As 10 medidas viraram, em uma votação noturna, a anistia ao caixa-2. Desde o final do ano passado, o perdão ao caixa-2 paira sobre o Congresso. Depois da tentativa de perdão, um grupo de ilustres, aí incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), apareceu defendendo a diferença entre caixa-2 e corrupção. Foi o suficiente para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltar a defender a anistia.
Desserviço à sociedade
A senadora gaúcha Ana Amélia (PP) chamou atenção para as articulações feitas no Congresso para anistiar os processados por caixa-2. "Acho que anistiar caixa-2 é um desserviço que o Congresso faz à sociedade, que está querendo mais moralidade e que também olha com maus olhos uma iniciativa dessa natureza. Preocupa-me muito a questão também da Operação Lava Jato: que possam algumas iniciativas do Congresso neutralizar o trabalho que vem sendo feito com muito zelo", disse. A senadora questionou o fôlego da reforma da Previdência. "Ela está na Câmara e vai chegar retalhada aqui no Senado, se chegar", disse.
O racha do caixa-2
Vários petistas aproveitaram para denunciar as articulações que visam perdoar o caixa-2. "É inadmissível a votação de qualquer anistia ao caixa-2 ou qualquer outro crime eleitoral. O Congresso atual perde legitimidade a cada dia. Essa anistia ao caixa-2 é o Projeto Jucá, para estancar a sangria", disse o deputado federal gaúcho Henrique Fontana (PT). A grande ironia é que o PT é um dos partidos que lideram as negociações. O relator da reforma política, Vicente Cândido (PT-SP), chegou a afirmar que o perdão é necessário para que o Brasil consiga superar a Operação Lava Jato. O racha foi claro: 26 dos 58 deputados petistas chegaram a divulgar um manifesto contra a anistia ao caixa-2. Todos os petistas gaúchos assinaram.
Curta
O deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT) lembrou, em seu pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados, sua viagem ao Chile para o IV Congresso Mundial da Água e recitou um poema.
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