Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 21 de Março de 2017 às 22:05

Lista fechada

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), surpreenderam ao defender a votação em lista fechada para o Legislativo. "Qual o sistema que melhor se adequa ao financiamento público exclusivo? A lista fechada. E mais: qual o sistema que tem um custo menor de financiamento? A lista fechada", disse Maia. As afirmações dos dois parlamentares repercutiram menos do que deveriam por conta do março conturbado e do assunto árido. Mas, dentro do Congresso, a defesa pareceu outra coisa. "Em épocas anteriores, quando os partidos tinham mais credibilidade, não foi aprovada. Não pode ser uma solução muleta, alternativa buscada em decorrência de uma situação que pode atingir os políticos. Não pode vir como cortina de fumaça", disse o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) sobre a proposta. Caiado resumiu bem a impressão: em época de lista de Janot, com a Lava Jato atingindo os políticos das mais diversas cores partidárias, ideias antigas são desenterradas para salvar quem já tem mandato. Tanto que os amigos inseparáveis que se tornaram inimigos mortais, PT e PMDB, embarcaram na ideia, assim como o PSDB.
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), surpreenderam ao defender a votação em lista fechada para o Legislativo. "Qual o sistema que melhor se adequa ao financiamento público exclusivo? A lista fechada. E mais: qual o sistema que tem um custo menor de financiamento? A lista fechada", disse Maia. As afirmações dos dois parlamentares repercutiram menos do que deveriam por conta do março conturbado e do assunto árido. Mas, dentro do Congresso, a defesa pareceu outra coisa. "Em épocas anteriores, quando os partidos tinham mais credibilidade, não foi aprovada. Não pode ser uma solução muleta, alternativa buscada em decorrência de uma situação que pode atingir os políticos. Não pode vir como cortina de fumaça", disse o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) sobre a proposta. Caiado resumiu bem a impressão: em época de lista de Janot, com a Lava Jato atingindo os políticos das mais diversas cores partidárias, ideias antigas são desenterradas para salvar quem já tem mandato. Tanto que os amigos inseparáveis que se tornaram inimigos mortais, PT e PMDB, embarcaram na ideia, assim como o PSDB.
País singular
O racha do PT sobre o assunto talvez seja o mais emblemático. Parte da legenda cantou as virtudes do sistema, enquanto outra bradou contra o que seria uma forma de escapar do passado condenável. O relator da comissão especial da Reforma Política, deputado Vicente Candido (PT-SP), defendeu a lista fechada. Segundo ele, o Brasil deveria adotar o voto em lista, mesmo que temporariamente, como forma de diminuir os custos de campanha e facilitar a fiscalização dos recursos do fundo partidário. "Já estudei uns 15 países, e não existe um caso igual ao nosso. Uma nação de dimensões continentais, com 200 milhões de habitantes, três entes federados, eleições diretas para todos e eleição individual para parlamentar. Para você ter uma ideia, no ano passado, tivemos 500 mil candidatos. Isso é uma loucura", disse.
Lista vergonhosa
O ex-relator da comissão, deputado Henrique Fontana (PT-RS), foi contra por conta das condições. "Voto em lista proposto por Temer, Maia e Eunício, com os atuais deputados na ponta da lista, é vergonhosa", afirmou, para depois lembrar que o seu relatório propôs um sistema misto, em que o eleitor teria dois votos: um para o partido e outro para o deputado.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO