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Porto Alegre, quinta-feira, 16 de mar�o de 2017. Atualizado �s 22h40.

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Not�cia da edi��o impressa de 17/03/2017. Alterada em 16/03 �s 16h20min

Cachorro Grande sobe ao palco no Opini�o

Cachorro Grande faz show do disco Electromod

Cachorro Grande faz show do disco Electromod


MUTO/DIVULGA��O/JC
Ricardo Gruner
"Nós nos redefinimos sempre. Ou talvez nunca tenhamos nos definido." A frase paradoxal é de Beto Bruno, vocalista da Cachorro Grande - grupo associado ao rock'n'roll desde o começo da carreira, na virada do milênio. Electromod (2016), no entanto, é o segundo disco consecutivo em que os gaúchos apresentam claras referências da música eletrônica. Para finalmente mostrar as novidades em Porto Alegre, o quinteto sobe ao palco do Opinião (José do Patrocínio, 834) neste sábado. O show começa às 20h e tem ingressos a partir de R$ 35,00 - disponíveis pelo site www.blueticket.com.br.
Lançado em agosto do ano passado, o disco só tem seu espetáculo chegando à terra natal da banda agora. Beto, Marcelo Gross (guitarra), Gabriel Azambuja (bateria), Pedro Pelotas (teclados) e Rodolfo Kriegar (baixo) haviam feito um show em comemoração aos 10 anos de Pista livre em julho e acharam por bem esperar alguns meses para retornar aos palcos por aqui. Ou seja, pela primeira vez, os artistas tocam em Porto Alegre no meio da turnê - e não no começo dela.
Conforme o vocalista, esse é o melhor momento do show: ensaiadíssimo. Além de canções de destaque do começo da carreira, o repertório conta com espaço para os mais recentes álbuns: "É nossa incursão na música eletrônica mesmo, com bases de fundo. Tem umas cinco músicas do disco novo", cita ele, minimizando as alterações sonoras. "Falam 'pô, eles mudaram um pouco o som, está um pouco mais difícil entrar nessas músicas'. Mas também diziam que o primeiro (de 2001) não tinha nada a ver com o mercado da época."
O quinteto continua compondo separadamente, em casa, no violão. A diferença nos arranjos está no trabalho coletivo. Se antes o grupo chegava no estúdio de gravação com tudo decidido e preparado, tanto em Costa do Marfim (2014) quanto em Electromod os músicos se deixaram levar por improvisos e ideias surgidas na hora. E a produção ficou a cargo de outro nome ligado ao rock e à música eletrônica, entre outros gêneros: Edu K (Defalla).
Crente que há seis anos o quinteto não teria propriedade para realizar um trabalho com este viés, Beto Bruno ressalta que a essência transgressora já era perceptível. "Naquela época nós lançamos o Cinema, que também era diferente. Acho que se um dia deixarmos de ter essa atitude é porque a coisa está perdendo a graça."
Mas nem só a sonoridade atual da Cachorro Grande deu o que falar. Escrita por Bruno, Gross e Rodolfo Krieger, a faixa-título do álbum gerou uma polêmica não imaginada pelos compositores. A letra inclui versos como "Vota no PT depois vem pagar de intelectual" e "Fazendo passeata, aquela gente chata acha que é Carnaval" - e o grupo foi alvo de diversas críticas.
"Era um sarro que tiramos entre nós", afirma o cantor, exemplificando: "Vimos algumas situações aqui em São Paulo. No meio dessas passeatas, gente com pauzinho de selfie que não sabe nem o que está falando. Mas estávamos dando risada, ninguém veio com maldade no coração". De acordo com o músico, a banda não se posicionou politicamente. "É coisa de bêbado. Levaram muito a sério", encerra o músico, citando que o videoclipe da faixa ganhou atenção extra devido às discussões.
Baseado na capital paulista há uma década, o grupo também vem passando por mudanças geográficas. Gabriel Azambuja já havia voltado a morar em Porto Alegre, e Rodolfo Krieger recentemente se estabeleceu em Guarujá. Agora os integrantes se encontram para ensaios, shows e participações em programas - mas nada que altere drasticamente a dinâmica de trabalho. "Só não somos mais aqueles cinco pinguinzinhos um atrás do outro", cita o vocalista, em referência ao visual comum aos colegas.
Beto Bruno também esteve envolvido com a produção do disco da banda curitibana Trem Fantasma, responsável pelo show de abertura da noite deste sábado, às 19h. "Eles tocaram conosco há uns três anos e fiquei apavorado com o som. Mas não faria isso em outra situação", ressalta, também descartando um álbum solo. Gross, por exemplo, já está indo para o segundo trabalho sem a companhia do quarteto. "Não tenho pressa. Só quando eu tiver algo que não tenha nada a ver com a Cachorro, minha prioridade máxima e a coisa mais incrível que aconteceu na minha vida", salienta.
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