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Porto Alegre, segunda-feira, 06 de mar�o de 2017. Atualizado �s 22h39.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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dia da mulher

Not�cia da edi��o impressa de 07/03/2017. Alterada em 06/03 �s 19h04min

Festival NosOutras tem atra��es como a sambista Nani Medeiros

A sambista Nani Medeiros se apresenta a partir das 20h

A sambista Nani Medeiros se apresenta a partir das 20h


DIVULGA��O/JC
Luiza Fritzen
Com a premissa de quebrar o tabu de que a competição é característica das relações femininas e de demonstrar que o empoderamento das mulheres é essencial em tempos ainda tão machistas, acontece nesta quinta-feira a primeira edição do Festival NosOutras. A partir das 20h, no Opinião (José do Patrocínio, 834), a rapper Negra Jaque, a sambista Nani Medeiros, o bloco Não mexe comigo que eu não ando só e o grupo Três Marias integram a programação, que inclui, ainda, uma bate-papo.
Os ingressos custam de R$ 15,00 a R$ 50,00 - venda antecipada pelo site www.blueticket.com.br. Na ocasião serão arrecadadas doações para a Ocupação de Mulheres Mirabal - promovida pelo Movimento de Mulheres Olga Benário. A organização tem como objetivo reivindicar atendimento digno e acolhimento às vítimas de violência, creches e delegacias especializadas além de outras demandas.
A iniciativa de reunir mulheres em projetos musicais de diferentes estilos partiu de Camila Toledo, cantora e ativista cultural de Porto Alegre. Observando a cena musical da cidade, a artista constatou um aumento no número de bandas compostas apenas por meninas. "Achei que era o momento de unir essas mulheres e criar uma rede em que pudéssemos trabalhar juntas com referências femininas de arte e música", explica.
Para a cantora, as relações de trabalho são competitivas, mas não é preciso estipular que as mulheres não possam ajudar umas às outras. "É necessário destruir essa imagem de que as mulheres são cheias de rivalidades. Quebrar esse conceito é o início de um processo para mostrar que a gente pode trabalhar juntas."
Outra característica do festival é a presença de mulheres na produção e técnica do evento, organizado por um coletivo com profissionais de diferentes áreas. Conforme Camila explica, a proposta se estendeu e o que seria apenas uma homenagem às artistas abrangeu outras profissionais.
"Nosso olhar se ampliou e colocamos mulheres também para trabalhar com outras questões referentes ao festival e ampliar o alcance dessa rede." A escolha do nome vem justamente para simbolizar esse laço e firmar a parceria de uma com a outra. "Ao pensar que aquela mulher pode trabalhar junto comigo, eu começo a olhar ela como a outra e me colocar no lugar dela, eu crio empatia com as outras mulheres a minha volta", conta.
Além dos shows, um encontro antes das apresentações irá debater, de forma descontraída, o papel da mulher na sociedade e o feminismo como forma de atingir a igualdade entre os sexos. "A proposta é criar esse questionamento sobre a presença das mulheres na sociedade e debater questões que permeiem as diferentes vertentes do feminismo", afirma Camila.
Quem participa do Sarau NosOutras é Babi Souza, criadora do movimento Vamos Juntas - eleito pela revista Elle como um dos cinco movimentos digitais feministas mais representativos atualmente - ao lado da cantora e compositora Ana Lonardi, da paulista Cris Rangel, idealizadora do selo Lôca do Play, e de Natália Salau Jobim, da Ocupação Mirabal. A condução do sarau será da radialista e ativista cultural Katia Suman. E, na discotecagem, estará Nanni Rios, uma das personalidades mais atuantes em defesa da causa feminista e da comunidade LGBT em Porto Alegre.
Como referência, a organizadora se inspirou em eventos como Vênus em Fúria e Girls Rock Camp, que reúnem bandas feministas de rock. No entanto, para não limitar o alcance do festival impondo um estilo ou gênero para participação, a programação comporta diferentes áreas musicais e artísticas. "A ideia é mostrar que a mulher pode tocar em qualquer ritmo e o que ela pode ser o quiser, seja compositora, vocalista, produtora."
Apesar de ser um evento que aparenta ser voltado às mulheres em sua totalidade, Camila Toledo afirma que os homens são muito bem-vindos. "A gente precisa que os homens compareçam porque só assim o discurso avança. O objetivo é que os meninos saiam dali e se questionem em outros ambientes sobre a ausência de mulheres em cargos importantes ou vagas de trabalho." Para as próximas edições, a meta é atingir um público ainda maior e reunir mais artistas mulheres tanto no processo quanto na execução da festa.
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