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Política

- Publicada em 20 de Fevereiro de 2017 às 18:39

Motorista diz que foi 'laranja' de gráficas

Depoimentos foram transmitidos por videoconferência para Herman Benjamin em Brasília.

Depoimentos foram transmitidos por videoconferência para Herman Benjamin em Brasília.


ASICS/TSE/DIVULGAÇÃO/JC
O proprietário da gráfica Focal, o empresário Carlos Roberto Cortegoso, testemunha ligada às gráficas que prestaram serviços à campanha de 2014 da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), foi o último a ser ouvido ontem na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em São Paulo. A gráfica é uma das empresas investigadas por supostas irregularidades durante a campanha eleitoral. Cortegoso saiu por volta das 16h15min, sem falar com a imprensa.
O proprietário da gráfica Focal, o empresário Carlos Roberto Cortegoso, testemunha ligada às gráficas que prestaram serviços à campanha de 2014 da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), foi o último a ser ouvido ontem na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em São Paulo. A gráfica é uma das empresas investigadas por supostas irregularidades durante a campanha eleitoral. Cortegoso saiu por volta das 16h15min, sem falar com a imprensa.
Cortegoso e outras três testemunhas foram ouvidas ontem pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma e Temer. Os depoimentos foram transmitidos por videoconferência para o ministro em Brasília.
Na saída do local, o advogado Marcio Antonio Donizete Decreci, que defende Cortegoso, disse que os depoimentos são sigilosos e evitou dar muitos detalhes sobre o que foi dito ontem. "Isso corre sob sigilo e só estou acompanhando", disse. "Carlos esclareceu todos os pontos do trabalho que ele desenvolveu na campanha, em relação ao trabalho da Focal e os serviços realizados", disse. "Ele prestou o serviço, isso eu posso dizer", ressaltou.
Além de Cortegoso, mais três pessoas foram ouvidas ontem: duas como investigadas, os empresários Rodrigo Zanardo e Rogério Zanardo, da Rede Seg Gráfica, e o ex-motorista de Cortegoso, Jonathan Gomes Bastos, como testemunha.
Em seu depoimento, o ex-motorista, que já havia prestado depoimento no dia 8, disse que foi usado como laranja sem seu conhecimento. Ele contou que está movendo um processo contra a gráfica, onde trabalhou por 13 anos. "Minha vida mudou muito, hoje tenho o nome sujo, estou desempregado. Usaram meu nome em três empresas citadas na Lava Jato (Focal Point, Rede Seg e VTPB). Fui um laranja."
Sobre o depoimento do ex-motorista, o advogado de Cortegoso preferiu não fazer comentários. "Isso é uma questão que está toda no processo e, nesse momento, não quero me manifestar sobre isso."
Os advogados do presidente da República, Michel Temer (PT), e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) acompanharam os depoimentos na sede do TRE. Na saída, Gustavo Guedes, o defensor do presidente, disse que esta "foi mais uma audiência extenuante" e que as testemunhas ouvidas ontem desde as 10h, "em nada contribuem com o objeto desse processo".
Segundo o advogado de Temer, não houve irregularidades na campanha. "Em princípio não teve nenhuma irregularidade. No ponto de vista formal da campanha, ela pagou as notas fiscais que foram entregues a ela. Se faltou algum tipo de material ou contraprestação, isso deve ser apurado em outro processo."
Já Flávio Caetano, advogado de Dilma, disse que o "processo está caminhando para o seu final". "Estamos na fase de prova de perícia contábil. As testemunhas que são ouvidas agora tem relação direta com a perícia contábil e hoje foram ouvidas duas empresas, a Rede Seg e a Focal. Da Rede Seg foram ouvidas duas testemunhas que trouxeram documentos que não existiam ainda no processo e que comprovam, cabalmente, a realização integral de tudo o que foi contratado. A empresa recebeu R$ 6 milhões da campanha de Dilma e Temer", falou.
 
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