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Política

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2017 às 18:39

Políica Federal pede mais 60 dias para investigar Renan na Lava Jato

Força-tarefa da Lava Jato na PF solicitou a realização de novas diligências para esclarecer denúncia contra o ex-presidente do Senado

Força-tarefa da Lava Jato na PF solicitou a realização de novas diligências para esclarecer denúncia contra o ex-presidente do Senado


EVARISTO SA/AFP/JC
Estadão Conteúdo
A Polícia Federal pediu prorrogação por mais 60 dias do inquérito contra o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) e um executivo da Serveng por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras. O caso está sob análise no gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
A Polícia Federal pediu prorrogação por mais 60 dias do inquérito contra o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) e um executivo da Serveng por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras. O caso está sob análise no gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
O pedido é mais uma reviravolta no caso, que já teve uma denúncia apresentada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot em 12 de dezembro antes de a PF concluir o inquérito. Diante disso, o ministro Teori Zavascki devolveu, na ocasião, a documentação da denúncia à PGR para que se aguardasse a conclusão das investigações da Polícia Federal.
"De fato, acertada a decisão de sua Excelência. Há dados já disponíveis na Polícia Federal que, mesmo estritamente ligados aos fatos em apuração, não foram utilizados pelo Ministério Público", aponta o delegado Alessandro Maciel Lopes na solicitação encaminhada no dia 21 de janeiro ao ministro Fachin.
Agora, a força-tarefa da Lava Jato na PF responsável pela investigação de políticos com foro privilegiado solicitou a realização de novas diligências "visando ao cabal esclarecimento dos fatos" contra o peemedebista, que deixou a Presidência do Senado no começo do ano. Atualmente, Renan é líder do PMDB na Casa.
Quando Teori devolveu a documentação a Janot, o procurador-geral encaminhou uma manifestação ao ministro no mesmo dia, afirmando que depois do pedido de prorrogação a PGR conseguiu juntar "elementos suficientes de prova", para denunciar Renan.
O procurador ainda citou a Constituição e apontou que ela impõe "máxima celeridade possível nas investigações". Ele também ressaltou que, na denúncia, apresentou uma solicitação para que os documentos do inquérito da PF fossem juntados aos autos.
De acordo com a denúncia da PGR, Renan teria recebido R$ 800 mil em propina por meio de doações da empreiteira Serveng. O deputado Aníbal Gomes foi denunciado junto com Renan Calheiros. No pedido, a PGR solicita ainda a perda das funções públicas dos parlamentares.
Em troca dos valores, os parlamentares teriam oferecido apoio político ao então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que mantinha a empreiteira em licitações da estatal.
Foram identificadas duas doações oficiais ao PMDB, nos valores de R$ 500 mil e R$ 300 mil em 2010, operacionalizadas por um diretor comercial da Serveng, também denunciado. A denúncia aponta ainda que esses valores seguiram do Diretório Nacional do PMDB para o Comitê Financeiro do PMDB/AL e deste para Renan Calheiros, mediante diversas operações fracionadas, como estratégia de lavagem de dinheiro.
Renan já é réu perante o STF em uma ação penal e alvo de outros 10 inquéritos, além da denúncia oferecida em 2016.
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