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Política

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2017 às 19:18

FHC diz a Moro que 'presidente não sabe de tudo'

Tucano foi questionado sobre propinas na Petrobras

Tucano foi questionado sobre propinas na Petrobras


AFP/JC
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro como testemunha na ação que investiga doações ao Instituto Lula, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirmou mais de uma vez nesta quinta-feira que o ocupante do cargo de presidente da República não sabe necessariamente de tudo o que acontece em sua gestão. Por quase uma hora, o tucano respondeu a perguntas da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto (PT), além de Moro.
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro como testemunha na ação que investiga doações ao Instituto Lula, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirmou mais de uma vez nesta quinta-feira que o ocupante do cargo de presidente da República não sabe necessariamente de tudo o que acontece em sua gestão. Por quase uma hora, o tucano respondeu a perguntas da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto (PT), além de Moro.
A primeira afirmação de FHC de que um presidente não tem conhecimento pleno do que ocorre em seu governo foi feita após ele ser perguntado pela defesa de Lula se ele sabia que propinas eram pagas na Petrobras durante sua gestão. O ex-diretor da estatal Nestor Cerveró, em delação premiada, disse que recebeu vantagens indevidas nos anos 1990, na gestão do PSDB.
O mesmo argumento foi usado pelo ex-presidente quando perguntado pelo advogado de Lula se ele tomou conhecimento, quando estava na presidência, da existência de um cartel de empresas atuando na Petrobras. "Nunca soube de carterização na Petrobras. Pode ter havido, mas o presidente da República não sabe de tudo que acontece."
Foi a primeira vez que FHC prestou depoimento à Operação Lava Jato. Num fórum em São Paulo, ele participou a distância da oitiva, comandada por Moro de Curitiba. A ação penal investiga se a OAS usou doações ao Instituto Lula para transferir dinheiro de propina na Petrobras. Okamoto é acusado de lavagem de dinheiro na Lava Jato, pelos pagamentos feitos pela OAS à Granero para armazenar itens do acervo do ex-presidente Lula. Já o ex-presidente petista é acusado de receber benefícios da empreiteira também com o tríplex no Guarujá, incluindo reformas e móveis planejados.
A intimação de FHC foi um pedido da defesa de Okamoto. Quando o Instituto Lula foi criado, Okamoto procurou FHC para obter informações sobre como o Instituto FHC havia sido viabilizado. FHC disse que recorre à Lei Rouanet, que concede benefícios fiscais a companhias que apoiam atividades culturais.
 
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