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Congresso Nacional

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2017 às 23:03

Em vitória folgada, Maia é reeleito presidente da Câmara

Rodrigo Maia tem ainda contra ele suspeitas de corrupção na Petrobras

Rodrigo Maia tem ainda contra ele suspeitas de corrupção na Petrobras


LUCIO BERNARDO JR./AGÊNCIA CÂMARA/JC
Um dos principais aliados do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional, Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, foi reeleito nesta quinta-feira presidente da Câmara dos Deputados.
Um dos principais aliados do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional, Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, foi reeleito nesta quinta-feira presidente da Câmara dos Deputados.
A vitória em primeiro turno, por 293 votos, lhe confere um mandato de dois anos em um cargo que, hoje, é o primeiro na linha sucessória da presidência da República.
O êxito ocorre um dia depois de o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar concessão de liminar pedida por adversários para impedir a candidatura de Maia, já que a Constituição veda a reeleição, mas não é explícita sobre mandatos-tampões, que é o seu caso. O mérito dessa questão ainda será julgado.
Maia tem ainda contra ele suspeitas de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras - sob o apelido "Botafogo", ele é citado como beneficiário de R$ 600 mil na delação da empreiteira Odebrecht, cujos detalhes ainda não vieram oficialmente a público.
O presidente da Câmara terá também que contornar a dissidência na base de Michel Temer formada justamente pela eleição desta quinta-feira. Três dos cinco adversários que derrotou - Jovair Arantes (PTB-GO), com 105 votos, Júlio Delgado (PSB-MG), Jair Bolsonaro (PP-RJ) - são da base governista.
A oposição lançou dois candidatos, André Figueiredo (PDT-CE) e Luiza Erundina (PSOL-SP). A votação foi secreta.
Em pouco mais de seis meses de mandato-tampão, Maia se notabilizou pela grande afinidade com o Palácio do Planalto. Integrou a linha de frente da defesa e aprovação da principal proposta legislativa de Temer em 2016, a emenda à Constituição que congela os gastos federais pelos próximos 20 anos.
Antes mesmo da vitória, o deputado já prometeu "harmonia" com o governo federal nos próximos anos. Nos bastidores, o Planalto trabalhou para reconduzir Maia.
Em 2017, o governo tem pela frente importantes votações na Câmara, sendo as principais as reformas do sistema previdenciário e trabalhista.
O deputado do DEM quer agilidade no debate e já anunciou que vai instalar, na próxima semana, a comissão especial destinada a analisar o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência Social. Maia espera que a tramitação da PEC na Câmara ocorra até o meio do ano. Também prometeu dar celeridade à análise da reforma trabalhista.
Filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia, Rodrigo Maia nasceu no Chile (quando o pai estava exilado) e está no quinto mandato consecutivo de deputado federal.
Antes da chefia da Câmara, o principal cargo de Maia foi o de presidente do seu partido, o DEM. Ele comandou a sigla em meio à sua pior fase, de 2007 a 2011 (segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e parte do primeiro de Dilma Rousseff).
Foi sob seu comando que o partido político assumiu o nome "Democratas", numa tentativa de se livrar do desgaste pelo PFL sigla capitaneada por muitos anos por caciques como Jorge Bornhausen (SC) e Antonio Carlos Magalhães (BA).

Eunício Oliveira defende quebra de sigilo de todas as delações premiadas

O presidente eleito do Senado na quarta-feira, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que a quebra de sigilo de delações premiadas deve ser discutida amplamente na Casa. "Não só de uma empresa, como de todas as delações", declarou. Em seu último discurso como presidente da Casa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) defendeu a divulgação das delações da Odebrecht. O presidente de um poder vai sempre fazer o diálogo, mas não cabe opinar sobre decisão tomada pela Suprema Corte", disse Eunício.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) adiantou na quarta-feira, que apresentará um projeto para quebrar o segredo de todas as delações, porém Eunício evitou opinar sobre a proposta. Renan e Jucá consideram que quebrar o sigilo dos depoimentos vai evitar o "vazamento seletivo" dos conteúdos. "Os projetos que forem apresentados serão submetidos ao plenário", comentou o novo presidente do Senado.
Sobre a relação com o Planalto e o presidente Michel Temer, que é seu correligionário, Eunício respondeu que vai manter um convívio de "independência entre os poderes, harmonia e diálogo". "Eu sempre disse que o diálogo não subordina um poder ao outro", destacou.