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Opinião

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 16:15

Juros devem cair para ajudar a economia a crescer

Toda expectativa do mercado financeiro, começando pela Pesquisa Focus, do Banco Central (BC), fala em redução da taxa de juros ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), iniciada ontem e que será encerrada hoje. Depois da divulgação da pesquisa semanal Focus, junto a instituições financeiras no País, a opinião unânime é que o Copom baixará, novamente, a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) em, pelo menos, 0,75%, ela que está em 13%.
Toda expectativa do mercado financeiro, começando pela Pesquisa Focus, do Banco Central (BC), fala em redução da taxa de juros ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), iniciada ontem e que será encerrada hoje. Depois da divulgação da pesquisa semanal Focus, junto a instituições financeiras no País, a opinião unânime é que o Copom baixará, novamente, a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) em, pelo menos, 0,75%, ela que está em 13%.
É por demais conhecido que, a cada um ponto percentual a menos na Selic, são economizados em torno de R$ 30 bilhões por ano, na rolagem da astronômica dívida pública de pouco mais do que R$ 3 trilhões. Só isso, em meio ao déficit fiscal crônico que assola o Brasil, justificaria um corte até mais ousado, de 1%. A inflação está em queda, mas o desemprego mantém-se alto, e a atividade econômica recém dá alguns indícios, não robustos, mas sempre um pouco alentadores, de que, em alguns setores, está se reanimando.
Certas áreas estão retomando a confiança no futuro da economia, caso da indústria paulista, que empregou alguns milhares em janeiro, após meses de apatia e desemprego. Simultaneamente, o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, falou, com muito otimismo, sobre o fim da recessão no Brasil e um consistente período de crescimento. Depois que o Projeto de Emenda Constitucional (PEC 241/55), o chamado popularmente de PEC do Teto dos Gastos, foi aprovado por 366 votos contra 111, os analistas julgam que a inflação continuará em queda, e está mesmo abaixo do centro da meta do Banco Central, que é de 4,5% ao ano, o que abriu espaço para a juros menores.
Com o teto nos gastos públicos sendo norma para os próximos anos, pelo menos por uma década, agora chegou a vez de baixar os juros, que consomem bilhões do orçamento público, muito mais do que é aplicado justamente na Educação e na Saúde e motivo de muitas reclamações, além do custo do dinheiro na rede bancária ficar alto para investimentos. Então, tudo indica que, ao final da reunião desta quarta-feira, a popular Selic será cortada em 0,75%, caindo dos atuais 13% ao ano para 12,25%.
É a consequência lógica para o mercado financeiro, uma vez que, conforme citado, a Pesquisa Focus estimou menos inflação para 2017 e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) próximo de 1%. Pífio, mas sempre crescimento, após a derrocada de algo em torno de menos 3,5% do PIB no ano passado. Para 2017, a expectativa é de que o Copom dê continuidade ao ciclo de redução da Selic, com as projeções dos especialistas indicando que ficará em 9% no final do ano. A Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
Mantendo a taxa, o Copom considera que os ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação. Com as reformas em discussão no Congresso e o controle fiscal, realmente, o horizonte do País voltará a ser mais ameno do que hoje. O otimismo explícito do ministro Henrique Meirelles traduz uma certeza de que a recuperação econômica está em andamento. É tudo o que os brasileiros almejam, a volta do crescimento da economia com investimentos, gerando muitos postos de trabalho e mais renda.
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