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Opinião

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2017 às 16:26

Perigosa procrastinação

Para Yann Arthus Bertrand, produtor do consagrado documentário Human, é tarde demais para sermos pessimistas. Com a frase arrasadora, ele faz mais do que um alerta acerca do impacto das transformações ambientais e da inação humana para conter as ameaças que rondam o planeta, engendra um apelo à ação, à reação e à indignação. Em outro contexto, o martelo do iconoclasta filósofo Nietzsche bateu pesado ao afirmar que "enquanto houver esperança não haverá solução". Das várias interpretações desse petardo filosófico, uma leitura adequada aos tempos atuais seria a de que é preciso chegar ao fundo do poço para que sejam geradas condições para uma mudança efetiva. Traçando um paralelo entre as duas frases citadas com o que assistimos no nosso País, não é descabido supor que padecemos do mal crônico da procrastinação endêmica, fruto da incapacidade em antecipar tendências e agir antes que a crise, o caos ou o limiar de uma ruptura institucional nos empurre para tentativas, por vezes equivocadas, de soluções efetivas e sustentáveis. A ausência de proatividade e sistematização nas ações drena energia e recursos que seriam transformadores, caso houvesse visão de médio e longo prazos. Esse modo improvisado de agir, quando incorporado à cultura de uma nação, adquire contornos dramáticos em uma sociedade na qual as transformações ocorrem com dinâmica imensamente mais veloz e instável, impondo respostas quase instantâneas dos envolvidos. Os alertas de Bertrand e Nietzsche iluminam uma nova concepção de cidadania, alimentada pela emergência de uma sociedade ultraconectada e capaz de reverberar os ventos de mudança que sopram com mais intensidade. Nessa nova plataforma, sobre a qual se erige a sociedade do compartilhamento e de maior cooperação entre os atores, também cresce uma estrutura social, política, econômica e ambiental hiperintegrada, crescentemente imprevisível, instável, complexa e perigosa, e que requer sujeitos protagonistas de um tempo inédito, com ameaças e oportunidades combinadas num mosaico simultaneamente inspirador e desafiador. É tempo de mudanças! É tempo de agir!
Para Yann Arthus Bertrand, produtor do consagrado documentário Human, é tarde demais para sermos pessimistas. Com a frase arrasadora, ele faz mais do que um alerta acerca do impacto das transformações ambientais e da inação humana para conter as ameaças que rondam o planeta, engendra um apelo à ação, à reação e à indignação. Em outro contexto, o martelo do iconoclasta filósofo Nietzsche bateu pesado ao afirmar que "enquanto houver esperança não haverá solução". Das várias interpretações desse petardo filosófico, uma leitura adequada aos tempos atuais seria a de que é preciso chegar ao fundo do poço para que sejam geradas condições para uma mudança efetiva. Traçando um paralelo entre as duas frases citadas com o que assistimos no nosso País, não é descabido supor que padecemos do mal crônico da procrastinação endêmica, fruto da incapacidade em antecipar tendências e agir antes que a crise, o caos ou o limiar de uma ruptura institucional nos empurre para tentativas, por vezes equivocadas, de soluções efetivas e sustentáveis. A ausência de proatividade e sistematização nas ações drena energia e recursos que seriam transformadores, caso houvesse visão de médio e longo prazos. Esse modo improvisado de agir, quando incorporado à cultura de uma nação, adquire contornos dramáticos em uma sociedade na qual as transformações ocorrem com dinâmica imensamente mais veloz e instável, impondo respostas quase instantâneas dos envolvidos. Os alertas de Bertrand e Nietzsche iluminam uma nova concepção de cidadania, alimentada pela emergência de uma sociedade ultraconectada e capaz de reverberar os ventos de mudança que sopram com mais intensidade. Nessa nova plataforma, sobre a qual se erige a sociedade do compartilhamento e de maior cooperação entre os atores, também cresce uma estrutura social, política, econômica e ambiental hiperintegrada, crescentemente imprevisível, instável, complexa e perigosa, e que requer sujeitos protagonistas de um tempo inédito, com ameaças e oportunidades combinadas num mosaico simultaneamente inspirador e desafiador. É tempo de mudanças! É tempo de agir!
Superintendente Estadual do Banco do Brasil
 
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