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Opinião

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2017 às 16:23

Repetro, uma grave ameaça

A indústria de bens de capital mecânicos do País vivencia aquela que já é considerada a maior crise da história do setor. Seu faturamento em 2016 atingiu R$ 66,3 bilhões, numa queda de 24,3% em relação a 2015, ficando abaixo dos R$ 66,8 bilhões registrados em 2013, até então a sua pior marca.
A indústria de bens de capital mecânicos do País vivencia aquela que já é considerada a maior crise da história do setor. Seu faturamento em 2016 atingiu R$ 66,3 bilhões, numa queda de 24,3% em relação a 2015, ficando abaixo dos R$ 66,8 bilhões registrados em 2013, até então a sua pior marca.
Um dos reflexos negativos da contração das vendas é a perda de postos de trabalho: desde 2013, já foram eliminados 81,4 mil empregos no setor de máquinas e equipamentos.
Não bastasse este quadro catastrófico, ocasionado pela série de equívocos na condução da política econômica, enfrenta agora uma nova ameaça. Trata-se da intenção do governo de renovar a vigência do Regime Aduaneiro Especial de Importação e Exportação de Bens Destinados à Pesquisa e Lavra de Petróleo e Gás, por pressão dos gigantes do petróleo.
Apenas no período de 2011 a 2013, o chamado Repetro provocou uma renúncia fiscal de R$ 29,0 bilhões beneficiando as petroleiras (leia-se Petrobras) e as empreiteiras - denominados primeiro e segundo elos da cadeia.
Temos defendido o fim de tal incentivo, pois ele, como se vê, tem alto custo fiscal para um País com um déficit público brutal, prejudica as indústrias brasileiras que perdem a competitividade por conta da isenção de impostos e deixa de fora os fabricantes nacionais de máquinas e equipamentos.
Além disso, segundo as projeções, a renovação do programa eliminará 1,5 milhão de postos de trabalho na cadeia produtiva nas duas próximas décadas, sendo inaceitável esta perspectiva quando se tem em conta que 12,3 milhões de brasileiros já estão desempregados presentemente.
Diante do absurdo da situação, ainda confiamos que haja bom senso das autoridades e que não seja adotada uma medida que se constitui em um verdadeiro crime de lesa-pátria.
Vice-presidente da Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq-RS)
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