A crise tem afetado em muito as pequenas empresas enquadradas no Sistema Simples. A Receita federal está cobrando dos inadimplentes (Jornal do Comércio, edição de 08/02/2017) em torno de R$ 49 bilhões. Nada mais justo que estes valores sejam exigidos.
Programas e mais programas são lançados, sugerindo uma repactuação destas dívidas. Para nós, pequenos e médios empresários, a realidade é cruel, as estatísticas dos últimos anos nos mostram quedas permanentes de vendas.
Estamos nos ajustando, reduzindo margens, onde ainda é possível, custos operacionais internos, para assim nos manter no mercado. Alguns tributos são os grandes vilões dos empresários do Simples e chegam até a descaracterizar o sistema. Estou falando da Substituição Tributária (ST), com seus percentuais muitas vezes fora de uma realidade de mercado. O Imposto de Fronteira atinge, em muitos casos, 14% do valor.
Somados somente estes tributos, pode-se chegar a quase 50% do custo original de um produto. Com todos estes encargos e outros mais, o pequeno e médio empresário fica realmente sufocado.
Daí resultam as baixas vendas (perdendo as condições de concorrerem no mercado), surgem as dívidas com o erário e também com os seus fornecedores, e com outros compromissos sociais. É preciso revisar, urgentemente, este nó que estrangula a vida dos pequenos e médios empresários deste País.
Pequeno empresário