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Opinião

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2017 às 16:34

Disciplina e hierarquia são essenciais às polícias

Após o que está acontecendo no estado do Espírito Santo, especialmente na capital, Vitória, os que pregam a desmilitarização das polícias entendam que sem disciplina e hierarquia não há como manter estruturas nas ruas, com milhares de homens e mulheres distribuídos em pelotões, companhias e batalhões. Mesmo com disciplina e hierarquia se assiste a um, praticamente, motim no Espírito Santo, imagine-se sem a força legal da legislação pertinente aos militares.
Após o que está acontecendo no estado do Espírito Santo, especialmente na capital, Vitória, os que pregam a desmilitarização das polícias entendam que sem disciplina e hierarquia não há como manter estruturas nas ruas, com milhares de homens e mulheres distribuídos em pelotões, companhias e batalhões. Mesmo com disciplina e hierarquia se assiste a um, praticamente, motim no Espírito Santo, imagine-se sem a força legal da legislação pertinente aos militares.
Há anos que existe um ranço ideológico para desmilitarizar as polícias ostensivas, fardadas, algo que existe em praticamente todo mundo. Mas não há um clamor popular, por exemplo, aqui no Rio Grande do Sul, por um maior efetivo da Brigada Militar em Porto Alegre e no interior do Estado? Não é essencial, para a segurança pública, a presença de brigadianos na maioria das esquinas da Capital? Então, qual a lógica de transformar a Brigada Militar em um bando de pessoas armadas vestidas da mesma maneira que os civis e que não serão, nem à distância nem de perto, identificadas? É uma proposta oca, sem sentido e vai na contramão, repetimos, do que existe em todos os países do mundo. A Brigada é mais do que centenária, logo, não foi criação de nenhum governo republicano, tendo nascida ainda no Segundo Império. Prestou e presta excelentes serviços e não se concebe uma corporação com mais de 20 mil integrantes, homens e mulheres, sem hierarquia.
Mesmo assim, teve sua paralisação, em 1997, reivindicando a volta de compensações nos soldos e que foram então retiradas. O fato é que não é possível comandar, distribuir, disciplinar e colocar a trabalhar contingentes para fazer policiamento ostensivo, nas ruas, dia e noite, salvo com a visível graduação dos praças e os postos do oficialato. Por mais que haja simpatia pela melhoria de vencimentos dos policiais militares capixabas como os da nossa Brigada, a maneira como fazem a reivindicação no Espírito Santo é algo inconstitucional, prejudicando demais a população, na qual, com certeza, estão os familiares dos grevistas.
O simulacro do pedido de licença para sair feito por grupamento de quartel para ir para as ruas trabalhar mostrado nas TVs, comprovou a encenação entre os que estavam fora e dentro da unidade, totalmente coniventes e acertados anteriormente ao episódio. Disciplina e hierarquia são os dois fundamentos das instituições policiais.
Porém, com a quebra de hierarquia que tem sido mostrada em alguns altos escalões da República, não surpreende quando os que estão sendo comandados se julguem no direito de replicarem a desorganização que é noticiada, diariamente, entre pessoas que deveriam estar acima de qualquer suspeita e sendo fiéis cumpridoras das leis, sem quaisquer desculpas.
Quem comanda tem obrigação legal e moral de dar o exemplo aos seus comandados. O Brasil está passando por um vácuo moral, no qual o relativismo ético impera em alguns nichos da República. Não justifica a indisciplina dos policiais militares do Espírito Santo, mas, com certeza, explica, em boa parte, o comportamento e a baderna instituídos como forma de protesto.
A presença de contingentes das Forças Armadas no Espírito Santo e da Força Nacional trouxe sensação de apoio à população local, agora revoltada com o bloqueio feito por familiares dos policiais nos quartéis da corporação. A lição deve ser aprendida, com o que ocorre no Espírito Santo. Prestigiar os policiais militares e que eles sejam conscientes dos deveres, antes dos seus legítimos direitos inerentes à profissão. Então, que volte o bom senso ao Espírito Santo, e que isso não se repita. Nem lá, nem em outros estados.
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