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Internacional

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 14:55

Desnutrição pode matar 1,4 milhão de crianças neste ano, diz Unicef

Insegurança alimentar pode afetar 5,5 milhões no Sudão do Sul em julho

Insegurança alimentar pode afetar 5,5 milhões no Sudão do Sul em julho


ALBERT GONZALES FARRAN/AFP/JC
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou ontem que quase 1,4 milhão de crianças estão em "risco iminente de morte", uma vez que a fome ameaça áreas do Sudão do Sul, da Nigéria, da Somália e do Iêmen. O anúncio ocorre apenas um dia depois de a grave situação da falta de alimentação ter sido declarada em partes do Sudão do Sul, onde a guerra civil tem levado a uma inflação severa, tornando a comida inacessível para muitos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou ontem que quase 1,4 milhão de crianças estão em "risco iminente de morte", uma vez que a fome ameaça áreas do Sudão do Sul, da Nigéria, da Somália e do Iêmen. O anúncio ocorre apenas um dia depois de a grave situação da falta de alimentação ter sido declarada em partes do Sudão do Sul, onde a guerra civil tem levado a uma inflação severa, tornando a comida inacessível para muitos.
Há meses, o Unicef vem alertando sobre a desnutrição grave no Nordeste da Nigéria, especialmente em áreas largamente inacessíveis por causa do grupo extremista islâmico Boko Haram. A agência disse que cerca de 450 mil crianças devem enfrentar a desnutrição severa neste ano nos estados de Borno, Yobi e Adamawa. O Unicef afirmou ainda que a Somália também enfrenta a seca e, em meio ao conflito do Iêmen, quase meio milhão de crianças têm "desnutrição aguda grave".
"O tempo está se esgotando para mais de um milhão de crianças", lamentou o diretor executivo do órgão, Anthony Lake. "Ainda podemos salvar muitas vidas. A desnutrição severa e a iminente fome são, em grande parte, provocadas pelo homem. Nossa humanidade comum exige ação mais rápida."
Na Somália, as condições de seca estão ameaçando uma população já frágil, atingida por décadas de conflito. Quase metade da população, ou 6,2 milhões de pessoas, enfrenta uma situação de extrema insegurança alimentar e necessita de ajuda humanitária. Espera-se que cerca de 185 mil crianças sofram de desnutrição aguda grave neste ano, mas este número deverá aumentar para 270 mil nos próximos meses.
No Sudão do Sul, mais de 270 mil crianças sofrem de desnutrição grave. "O número total de pessoas com insegurança alimentar em todo o país deverá aumentar de 4,9 milhões para 5,5 milhões no auge da temporada de carência, em julho, se nada for feito para conter a severidade e a propagação da crise alimentar", diz o Unicef em nota. Além disso, no Iêmen, que vive em conflito nos últimos dois anos, 462 mil crianças sofrem atualmente de desnutrição aguda grave - um aumento de quase 200% desde 2014.
 
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