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Internacional

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2017 às 16:30

Morre mulher do caso que culminou na legalização do aborto nos EUA

Usando o pseudônimo Jane Roe, Norma McCorvey, que encabeçou o desafio legal que culminou na decisão da Suprema Corte norte-americana, em 1973, de legalizar o aborto em todo o país, morreu sábado, aos 69 anos, por insuficiência cardíaca. Norma, que vivia no Texas, tinha 22 anos, estava solteira e desempregada, quando engravidou de seu terceiro filho. Quis fazer um aborto, mas, à época, em 1969, a interrupção da gravidez era proibida, com exceção de casos para salvar a mulher.
Usando o pseudônimo Jane Roe, Norma McCorvey, que encabeçou o desafio legal que culminou na decisão da Suprema Corte norte-americana, em 1973, de legalizar o aborto em todo o país, morreu sábado, aos 69 anos, por insuficiência cardíaca. Norma, que vivia no Texas, tinha 22 anos, estava solteira e desempregada, quando engravidou de seu terceiro filho. Quis fazer um aborto, mas, à época, em 1969, a interrupção da gravidez era proibida, com exceção de casos para salvar a mulher.
Assessorada por sua advogada, Norma decidiu recorrer à Justiça sob o pseudônimo de Jane Roe e enfrentou o promotor de Dallas, Henry Wade. Sua filha nasceu e foi adotada, mas o caso ganhou vida própria, avançando até chegar à Suprema Corte, se tornando uma das decisões mais importantes e conhecidas já tomadas pela mais alta instância dos EUA, por sete votos a dois. Segundo a decisão, o direito à privacidade, garantido pela Constituição, permitiria à mulher que decidisse tomar a decisão.
A sentença do caso Roe x Wade teve uma existência turbulenta e seu alcance foi sendo reduzido por decisões posteriores da Suprema Corte. A contribuição principal sobreviveu, porém, cumprindo seu papel de contenção em momentos em que o direito ao aborto ficou sob ataque de legisladores nos estados de maioria republicana. Atualmente, a vitória de Donald Trump pressupõe uma mudança de conjectura. A Casa Branca e o Congresso agora são controlados pelos adversários da interrupção voluntária da gravidez.
Ironicamente, décadas depois, Norma se tornou evangélica e uma fervorosa opositora ao aborto. Mais tarde, se converteu ao catolicismo. "Eu sou 100% pró-vida. Não acredito em aborto, mesmo em uma situação extrema. Você não deve agir como seu próprio Deus", declarou à imprensa em 1998. Norma, que passou a dizer que foi usada por sua advogada, reafirmava que nunca chegou a fazer um aborto.
 
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