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Internacional

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2017 às 21:28

Líderes europeus temem que retórica de Trump se transforme em medidas reais

Agência Estado
Líderes da União Europeia (UE) prometeram permanecer unidos, nesta sexta-feira (3), diante de uma avalanche de críticas por parte do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que começou a minar o uma vez inabalável relacionamento transatlântico.
Líderes da União Europeia (UE) prometeram permanecer unidos, nesta sexta-feira (3), diante de uma avalanche de críticas por parte do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que começou a minar o uma vez inabalável relacionamento transatlântico.
Os líderes revidaram com palavras, evidenciado seus temores de que a retórica da campanha do magnata americano se transforme em políticas reais e divida ainda mais o combalido bloco europeu. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, colocou os EUA na categoria de "ameaça" para UE, na sequência de vários comentários negativos sobre o bloco.
"Talvez a melhor evidência de que estamos juntos nesse contexto é o fato de que alguns dos meus colegas me atribuíram um novo apelido, espontaneamente, que é 'nosso Donald'", disse Tusk em um encontro de cúpula da UE em Malta, destacando as novas divisões da centenária aliança do continente com os EUA.
O presidente francês, François Hollande, disse que era inaceitável que Trump colocasse pressão na UE por meio de declarações. A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, afirmou que era quase impossível construir uma ponte com Trump porque "hoje estamos nos comunicando com os EUA principalmente pelo Twitter".
O chanceler austríaco, Christian Kern, disse que "Trump precisa ser julgado por suas ações e não por sua retórica e sua campanha eleitoral. Mas agora fez muitas coisas que estão preocupando", afirmou. "O que aconteceu nos últimos dias não são os valores pelos quais eu estou lutando", disse Xavier Bettel, primeiro-ministro de Luxemburgo.
Trump tem questionado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) chamando-a de "obsoleta", e muitos estão preocupados com a possibilidade de que um grande acordo comercial entre EUA e Europa possa ter fim, diante de uma Casa Branca mais protecionista.
Para a França e a Alemanha, há apenas uma solução para encarar o parceiro imprevisível. "Muitos países têm que entender que seu futuro passa primeiro pela UE em vez de sabe-se lá qual relação bilateral com os EUA", disse Hollande.
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que "quanto mais convictos estivermos sobre como nós definimos nosso papel no mundo, melhor podemos cuidar de nossas relações transatlânticas".
O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, prevê uma "grande oportunidade" para a UE se o governo Trump acabar sendo muito focado em questões domésticas, deixando o caminho livre para que a Europa se torne "a superpotência comercial número 1 do mundo". 
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