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consumo

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2017 às 18:12

Gastos com educação pressionam inflação

Itens importantes da cesta tiveram queda nas gôndolas, como a batata-inglesa, que recuou 7,63%

Itens importantes da cesta tiveram queda nas gôndolas, como a batata-inglesa, que recuou 7,63%


MARCO QUINTANA/JC
Os gastos das famílias com educação subiram 5,17% em fevereiro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). O grupo foi responsável por 0,24 ponto percentual da taxa de inflação de 0,54% registrada no mês, informou o IBGE.
Os gastos das famílias com educação subiram 5,17% em fevereiro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). O grupo foi responsável por 0,24 ponto percentual da taxa de inflação de 0,54% registrada no mês, informou o IBGE.
O movimento reflete os reajustes praticados no início do ano letivo. As mensalidades dos cursos regulares subiram 6,94% em fevereiro, item de maior impacto sobre o IPCA-15 do mês, o equivalente a 0,21 ponto percentual. Entre as regiões pesquisadas, os cursos regulares tiveram aumentos desde 4,94%, como o registrado em São Paulo, até 10,13%, visto em Salvador. A exceção foi Fortaleza, onde não houve aumento devido à diferença no período de reajuste, explicou o IBGE.
A inflação medida pelo IPCA-15 em fevereiro também foi pressionada por reajustes de tarifas de ônibus. Segundo o IBGE, as famílias sentiram o impacto no orçamento dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram 3,24% e 3,84%, respectivamente.
A alta nos ônibus urbanos foi consequência de reajustes em Fortaleza (alta de 17,05%, devido ao aumento de 16,36% nas tarifas cobradas de segunda a sábado e de 17,80% nos dias de domingo, em vigor desde 14 de janeiro); Recife (alta de 13,46%, em consequência do reajuste de 14,28% no dia 15 de janeiro); Belém (11,85%, como reflexo do reajuste de 14,81% desde o dia 19 de janeiro); Brasília (7,09%, devido ao reajuste de 25% que voltou a vigorar em 28 de janeiro); Belo Horizonte (6,02%, refletindo o aumento de 9,40% em 3 de janeiro); Salvador (5,36%, onde o reajuste foi de 9,09% a partir de 2 de janeiro); e Curitiba (5,10%, que teve reajuste de 14,86% de segunda a sábado e de 70,0% nos domingos, desde 6 de fevereiro).
Nos ônibus intermunicipais, o aumento foi consequência de tarifas mais altas no Rio de Janeiro (12,30%, devido ao reajuste médio de 12,00% em vigor desde 14 de janeiro); Curitiba (6,77%, como reflexo do reajuste de 13,00% desde 6 de fevereiro); Belo Horizonte (4,57%, refletindo o reajuste de 9,46% desde o dia 1 de janeiro); e Salvador (2,47%, devido ao reajuste médio de 8,42% desde 26 de dezembro).
Com o aumento das tarifas dos ônibus, o grupo Transportes registrou alta de 0,66% em fevereiro, apesar da queda de 12,45% nas passagens aéreas no mês.
A redução nos preços dos alimentos impediu uma alta maior na inflação medida pelo IPCA-15 em fevereiro, segundo os dados divulgados pelo IBGE. O grupo Alimentação e bebidas registrou recuou de 0,07%, após a alta de 0,28% em janeiro. O grupo passou de um impacto de 0,07 ponto percentual no mês passado para -0,01 ponto percentual este mês. Os preços do óleo de soja (4,42%) e das hortaliças (4%) subiram, mas outros itens importantes na cesta de consumo das famílias ficaram mais baratos, como o feijão-carioca (-14,68%), a batata-inglesa (-7,63%) e o tomate (-6,62%).

Famílias se consideram endividadas ao nível de 2016

Pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que 31% das famílias brasileiras se consideram tão endividadas no início de 2017 quanto estavam no mesmo período do ano passado. A pesquisa contou com uma amostra de 1.200 entrevistados em 72 municípios brasileiros. Os resultados mostram que 27% não consideram que sua família esteja endividada, 22% acreditam estar menos endividados do que no início de 2016, e 19% se consideram mais endividados. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, de acordo com o Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp e do Ciesp (Depecon). A maioria dos entrevistados (66%) diz não ter dívidas com bancos, e 68% não planejam contrair dívidas caso tenham dificuldades financeiras nos próximos meses.
Entre os 32% que deixariam de quitar algum compromisso há diferentes prioridades. Destes, 49% não pagariam água, luz e telefone; 24% não pagariam compras de eletrodomésticos, eletrônicos, telefonia e informática, e apenas 2% adiariam a conta do cartão de crédito. Nas contas da casa, 54% dizem que sentem dificuldades, mas que conseguem pagar em dia, 32% dizem não sentir dificuldade, e 10% afirmam que deixaram de pagar contas recentemente. Em classes sociais diferentes, os resultados variaram. Nas classes D e E, a expectativa de contrair novas dívidas é de 67%, comparado com 44% na classe C e 42% nas classes A e B.

Índice de preços na internet avança 1,14% em janeiro, informa o Ibevar

O índice de inflação na internet, conhecido como E-flation, subiu 1,14% em janeiro, mesma variação registrada em dezembro, mostra pesquisa do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com o Programa de Administração de Varejo (Provar).
Em janeiro de 2016, o índice teve alta de 2,26%. Nos últimos 12 meses, os preços praticados no comércio eletrônico acumulam elevação de 5,32%. Cinco das 10 categorias monitoradas registraram avanço em janeiro: Brinquedos (6,51%), CDs e DVDs (1,46%), Informática (6,36%), Livros (5,17%) e Medicamentos (0,97%). Em contrapartida, registraram deflação no mês as categorias de Cine e Fotos (-1,83%), Eletrodomésticos (-1,13%), Eletroeletrônicos (-5,93%), Perfumes e Cosméticos (-0,74%) e Telefonia e Celulares (-0,19%).

Confiança atinge maior nível desde dezembro de 2014

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,5 pontos em fevereiro, alcançando 81,8 pontos, o maior nível do indicador desde dezembro de 2014. Esta é a segunda alta consecutiva do índice, que iniciou o ano com uma elevação de 6,2%. Os dados relativos à Sondagem do Consumidor foram divulgados hoje pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta de fevereiro reflete expansões em todos os quesitos que compõem o ICC.
O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 2,2 pontos, para 70,3 pontos, o maior nível desde agosto de 2015. O Índice de Expectativas (IE) subiu para 90,6 pontos, alcançando o maior patamar desde outubro de 2014.
"Esta segunda alta consecutiva neste ano parece estar relacionada à aceleração do ajuste orçamentário das famílias propiciado pela desaceleração da inflação e aceleração no ritmo de queda dos juros básicos da economia", afirmou a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt, em publicação divulgada pela FGV.
Segundo a Viviane, "os consumidores com maior poder aquisitivo são os que se mostram efetivamente mais satisfeitos com a situação financeira no momento e otimistas em relação aos próximos meses". Para a economista, "uma recuperação mais espalhada e sustentável continuará dependendo de notícias favoráveis sobre o mercado de trabalho, mas que ainda não vieram".
A publicação da FGV indica, ainda, que o indicador de satisfação do consumidor em relação à situação financeira familiar atual subiu 4 pontos em relação a janeiro, atingindo 65,6 pontos.