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Economia

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 19:33

Bolsa mantém bom humor e supera os 69 mil pontos

O bom humor continuou a dar o tom dos negócios com ações ontem e levou o Índice Bovespa a uma alta de 0,76%, aos 69.052 pontos - maior nível desde 7 de abril de 2011. O apetite do investidor foi encorajado por fatores internos, como a expectativa de queda de juros, e por razões externas, como o bom desempenho das bolsas da Europa e dos Estados Unidos. O volume de negócios somou R$ 8,532 bilhões.
O bom humor continuou a dar o tom dos negócios com ações ontem e levou o Índice Bovespa a uma alta de 0,76%, aos 69.052 pontos - maior nível desde 7 de abril de 2011. O apetite do investidor foi encorajado por fatores internos, como a expectativa de queda de juros, e por razões externas, como o bom desempenho das bolsas da Europa e dos Estados Unidos. O volume de negócios somou R$ 8,532 bilhões.
O Ibovespa começou a testar os 69 mil pontos ainda pela manhã, mas foi contido pelas ações da Vale, que cederam a um movimento de realização de lucros, devolvendo parte dos fortes ganhos da véspera. Outros papéis, no entanto, foram embalados pela expectativa de que amanhã o Banco Central corte a taxa Selic em 0,75 ponto percentual - ou até mesmo 1 ponto. Ações de bancos, construção e varejo refletiram esse clima de otimismo.
"O mercado vem antecipando um novo corte de juros, talvez de um ponto percentual, já considerado por algumas casas. Creio que um corte desse tamanho não seria exagerado, dadas as fracas condições da economia do País. Seria bem-vindo", disse Shin Lae, analista da Upside Investor.
As ações da Vale e da Bradespar foram o contraponto do otimismo na bolsa, um dia após a notícia do acordo de acionistas. Bradespar PN (acionista da Vale), que na véspera havia disparado 16,62%, hoje recuou 2,07%. Vale ON e PNA, que haviam subido mais de 6% na segunda-feira, desta vez recuaram 2,44% e 1,49%, respectivamente. "O resultado financeiro da Vale será conhecido na próxima quinta-feira, e a expectativa é de um balanço bastante forte", disse Marco Saravalle, analista da XP. "Ainda há diversos investidores esperando uma oportunidade para entrar (em ações da Vale)", afirmou.
A consolidação do Ibovespa no patamar dos 69 mil pontos aconteceu somente nos ajustes finais do pregão. Entre as maiores altas do índice, destaque para Cemig PN ( 5,73%), Ecorodovias ON ( 4,73%), Weg ON ( 3,55%) e Brasil Malls ON ( 3,50%). No setor financeiro, Bradesco ON ( 3,03%), Bradesco PN ( 2,81%) e Santander unit ( 2,59%) foram as altas mais significativas.
O dólar operou em leve alta durante quase toda a sessão nesta terça-feira. Chegou a virar muito brevemente para o negativo no meio da tarde, mas depois voltou a subir. Operadores comentam que não existiram drivers claros, mas no exterior prevaleceu uma tendência de valorização da divisa norte-americana, em meio a comentários de dirigentes do Federal Reserve e cautela com a Europa.
O dólar à vista no balcão fechou em alta de 0,18%, a
R$ 3,0942. O giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa foi de US$ 1,627 bilhão. No mercado futuro, o dólar para março fechou em alta de 0,23%, a R$ 3,1000. O volume financeiro somou US$ 13,6 bilhões.
Sem grandes notícias ontem, a expectativa do mercado é pela reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) hoje. "Está todo mundo esperando o Copom", comenta Paulo Correa, da MultiMoney Corretora.
Um dos fatores que colaboraram para a volatilidade no câmbio ontem é o vencimento da Ptax. Com o Carnaval na próxima semana, a Ptax de fim de mês será decidida nesta sexta-feira, dia 24. Além disso, segue a incógnita sobre o programa de swap cambial. Ontem, o Banco Central rolou mais 6 mil contratos. Se mantido esse ritmo até o final do mês, a autoridade rolaria apenas US$ 2,4 bilhões dos US$ 6,953 bilhões que vencem no dia 1 de março, considerando que não atue no último dia útil do mês.
No exterior, alguns dirigentes do Federal Reserve se manifestaram nesta terça-feira. O presidente da distrital da Filadélfia, Patrick Harker, afirmou que o banco central norte-americano pode elevar as taxas de juros já no próximo mês, embora seja preciso antes aguardar os próximos sinais da economia. "Há ainda mais dados por sair antes da reunião de março", comentou com repórteres após um discurso na Universidade da Pensilvânia. "Eu quero levá-los em conta antes de tomar uma decisão final. Mas neste momento eu não descartaria isso."
As expectativas em torno da Selic movimentaram o mercado de juros, e as taxas fecharam em baixa ao longo de toda a curva a termo. Ao final da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 tinha taxa de 10,485%, de 10,535% no ajuste de segunda-feira.
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