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Energia

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 18:41

CEEE-GT receberá R$ 1,5 bi dos R$ 62,2 bi das indenizações a transmissoras

CEEE-GT terá direito a R$ 1,142 bilhão, segundo cálculos da Aneel

CEEE-GT terá direito a R$ 1,142 bilhão, segundo cálculos da Aneel


CEEE/DIVULGAÇÃO/JC
As transmissoras de energia vão receber R$ 62,2 bilhões em indenizações. A CEEE-GT receberá R$ 1,5 bilhão (veja os detalhes mais abaixo). O atraso no pagamento de indenizações bilionárias devidas às transmissoras de energia elétrica terá impacto médio de 7,17% na conta de luz do consumidor em 2017, segundo cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
As transmissoras de energia vão receber R$ 62,2 bilhões em indenizações. A CEEE-GT receberá R$ 1,5 bilhão (veja os detalhes mais abaixo). O atraso no pagamento de indenizações bilionárias devidas às transmissoras de energia elétrica terá impacto médio de 7,17% na conta de luz do consumidor em 2017, segundo cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Aneel informa que R$ 35,217 bilhões correspondem a valores que as empresas deixaram de receber entre 2013 e 2017, por investimentos realizados antes de maio de 2000. O restante, R$ 26,983 bilhões, corresponde à remuneração por esses investimentos. Isso inclui a parcela que não foi paga entre 2013 e 2017 e a parcela correspondente à remuneração até o fim da vida útil de cada um dos ativos.
O atraso no pagamento de indenizações bilionárias terá um impacto médio de 7,17% na conta de luz do consumidor nos próximos oito anos. Segundo o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, os valores são as melhores estimativas neste momento, mas podem ser alterados até junho, quando serão referendados. Ele informou que há laudos de empresas que ainda não foram validados pelo órgão regulador. Além disso, a agência usará a variação do IPCA mais atualizada possível, referente ao período entre janeiro de 2013 e junho de 2017.
A decisão diz respeito a investimentos realizados por nove transmissoras que aceitaram renovar suas concessões antecipadamente em 2012, em troca da redução das tarifas, por meio da Medida Provisória nº 579/2012. São elas: CEEE-GT, Celg-GT, Cemig-GT, Copel-GT, Cteep, além de Eletronorte, Eletrosul, Furnas e Chesf, do grupo Eletrobras. 
Os juros serão pagos em oito anos, em parcelas iguais, que serão remuneradas. Confira o que caberá a cada uma do valor de R$ 35,217 bilhões:
  • CEEE-GT: R$ 1,142 bilhão (Rio Grande do Sul)
  • Furnas: R$ 12,592 bilhões
  • Chesf: R$ 7,760 bilhões
  • Cteep: R$ 5,668 bilhões
  • Eletronorte: R$ 3,609 bilhões
  • Eletrosul: R$ 1,685 bilhão
  • Cemig-GT: R$ 1,409 bilhão
  • Copel-GT: R$ 1,041 bilhão
  • Celg-GT: R$ 306,3 milhões
Em receita anual permitida que deixou de ser paga entre 2013 e 2017, as nove empresas vão receber R$ 5,815 bilhões, divididos em parcelas nos próximos oito anos:
  • CEEE-GT: R$ 188,6 milhões (Rio Grande do Sul)
  • Furnas: R$ 2,079 bilhões
  • Chesf: R$ 1,281 bilhão
  • Cteep: R$ 936,1 milhões
  • Eletronorte: R$ 596 milhões
  • Eletrosul: R$ 278,3 milhões
  • Cemig-GT: R$ 232,8 milhões
  • Copel-GT: R$ 171,9 milhões
  • Celg-GT: R$ 50,5 milhões
Em receita anual permitida no ciclo 2017/2018, as concessionárias vão receber R$ 4,991 bilhões, a serem incluídos na data-base das transmissoras neste ano, em julho. Todos os anos, essa parcela será recalculada para incluir remuneração e depreciação. Confira os valores de cada uma:
  • CEEE-GT: R$ 163,9 milhões (Rio Grande do Sul)
  • Furnas: R$ 1,797 bilhão
  • Chesf: R$ 1,086 bilhão
  • Cteep: R$ 801,9 milhões
  • Eletronorte: R$ 515,1 milhões
  • Eletrosul: R$ 231,4 milhões
  • Cemig-GT: R$ 195,6 milhões
  • Copel-GT: R$ 155,4 milhões
  • Celg-GT: R$ 44,1 milhões

ABDI trabalha para setor eólico produzir 30GW em 2025

De olho na competitividade do setor de energia eólica no Brasil, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) criou um Grupo de Trabalho para formular propostas e contribuir com a definição dos temas estratégicos para o setor e para a indústria no médio e longo prazos. A perspectiva do GT é atingir 30GW em 2025, considerando 25,1GW previstos no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2025) e 5GW que poderão ser exportados pela indústria brasileira. Na reunião realizada em Brasília, o GT validou o documento Plano Nacional de Desenvolvimento Setorial em Energia Eólica na Perspectiva da Indústria - Subsídios para uma Agenda Estratégica, que elenca 12 temas sensíveis, tais como estímulos à demanda, financiamento, linhas de transmissão, exportação, cadeia produtiva, P&D e Inovação, dentre outros.
De acordo com o presidente da ABDI, Guto Ferreira, a proposta do grupo é discutir, propor e criar subsídios para a formulação de um Plano Nacional de Desenvolvimento Setorial em Energia Eólica na Perspectiva da Indústria. "Ao longo do segundo semestre de 2016, reunimos especialistas e representantes do setor e já temos o esboço desse plano na perspectiva da indústria." Segundo ele, o próximo passo é apresentar e discutir o teor das medidas propostas com demais representantes do governo federal, do setor produtivo e com outros atores interessados no desenvolvimento da cadeia produtiva, de modo a reforçar a competitividade da indústria brasileira dedicada a fornecer bens e serviços para o setor de energia eólica.
Ainda, de acordo com Guto Ferreira, o sucesso da energia eólica é confirmado pela contratação de mais de 14GW no ambiente regulado entre 2009 e 2015, uma taxa de crescimento não observada em outras experiências no mundo.
Alguns fatores explicam a vantagem da produção brasileira de energia eólica, como ventos mais favoráveis, especialmente no nordeste brasileiro, complementação com a geração hidrelétrica e a possibilidade de "estocagem indireta" de energia por meio dos reservatórios das usinas hidrelétricas. "Essas características permitem ao Brasil lidar melhor com a intermitência da geração eólica, que é o principal limitante de sua difusão em sistemas predominantemente termelétricos observados em outros países", observou o presidente da ABDI.