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Agronegócios

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2017 às 19:28

Agricultura se recupera e anima o campo

Até agora, tudo vai bem com a agricultura. Esse cenário é bem diverso do de 2016, quando o clima provocou fortes retrações na produção. Com isso, as previsões são que o setor vá injetar R$ 546 bilhões na economia neste ano, R$ 15 bilhões a mais do que no ano passado.
Até agora, tudo vai bem com a agricultura. Esse cenário é bem diverso do de 2016, quando o clima provocou fortes retrações na produção. Com isso, as previsões são que o setor vá injetar R$ 546 bilhões na economia neste ano, R$ 15 bilhões a mais do que no ano passado.
E, quando a agricultura vai bem, a injeção de ânimo e de renda é imediata por todo o País, das pequenas às grandes cidades. Sorriso, cidade de Mato Grosso considerada a maior produtora de soja do mundo, pode voltar a honrar seu nome, após um 2016 difícil. Já a pequena Urupema (SC), com apenas 2.400 habitantes, espera pela colheita da maçã, sua fonte de renda. Por três meses, a cidade vive a agitação dessa safra, que promete ser boa.
Mais ao Sul, a serra gaúcha espera retomar o ritmo perdido na safra passada, elevando em pelo menos 120% a produção de uva. José Gasques, do Ministério da Agricultura, destaca o efeito multiplicador dessa produção espalhada pelo País. Os R$ 546 bilhões apurados pelo ministério refletem as vendas geradas dentro da porteira, o chamado VBP (Valor Bruto da Produção). "Após sair das fazendas, o produto vai movimentar ainda os setores de frete, industrialização, exportação e financeiro. E cada município vai ser afetado conforme suas características", diz ele.
É o que os dois carros-chefes do agronegócio brasileiro - a soja e o milho - estão fazendo. Com perspectivas de produção recorde, esses produtos já deixam suas marcas. O setor de máquinas agrícolas vendeu 75% mais neste janeiro do que em igual período do ano passado. Já a indústria de adubos espera repetir o recorde de vendas de 2016. Isso porque os produtores se preparam para colher safras recordes. A de soja poderá superar em 10 milhões de toneladas a de 2016, e a de milho, em 21 milhões.
A boa evolução fará a produção nacional de grãos atingir o recorde de 220 milhões de toneladas neste ano. Uma das boas mudanças dessa volta ao normal do setor é que o produtor está colocando em dia seus compromissos, e as instituições começam a oferecer mais crédito, o que permite a compra de máquinas e adubo.
Sem soja e milho, mas com uma possível safra recorde de uva, a serra gaúcha refaz as contas. A oferta de matéria-prima volta, e a produção de suco e de vinho retoma seu patamar normal. A escassez de uva provocou uma alta no produto brasileiro. Com isso, os argentinos e os chilenos avançaram no mercado interno. Agora, a maior oferta de uva dará mais competitividade ao produto nacional, refletindo, ainda, na renda do produtor, afirma Mauro Zanus, da Embrapa Uva e Vinho. Já na região serrana de Santa Catarina, o ditado é que, "sem maçã, as cidades viram fantasmas". Menos emprego, menos vendas no comércio e um produtor sem renda. Mas não é o que deverá ocorrer neste ano. Franciele Medeiros Andrade, secretária de Planejamento e Desenvolvimento de Urupema, diz que até o fim de abril a cidade vai viver o clima de uma safra boa.  
 

Anúncios positivos para o setor marcam abertura da colheita do arroz

Cerimônia em Cachoeirinha contou com a participação de autoridades

Cerimônia em Cachoeirinha contou com a participação de autoridades


FAGNER ALMEIDA/FEDERARROZ/DIVULGAÇÃO/JC
Com a expectativa de uma safra satisfatória e de anúncios importantes para o setor orizícola foi aberta oficialmente no sábado, na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha, a colheita do arroz. O presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, destacou que o Brasil se encaminha para a maior safra da história. Na cerimônia, o superintendente estadual do Banco do Brasil, Edson Bündchen, anunciou recursos para a comercialização e compra antecipada de insumos aos arrozeiros gaúchos. Também foi anunciado que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou a retirada da grua que impedia a utilização do terminal que recebeu obras da Cesa, em Rio Grande, e que servirá para exportações de arroz.