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Economia

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2017 às 16:37

Grupo chileno aguarda liberação de compra de terras para investir no Rio Grande do Sul

Nunes, na planta de celulose em Guaíba, confirma que grupo chileno quer crescer no Brasil

Nunes, na planta de celulose em Guaíba, confirma que grupo chileno quer crescer no Brasil


FREDY VIEIRA/JC
Patrícia Comunello
A previsão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o governo pretende liberar a compra de terras por estrangeiros em 30 dias era tudo que o segmento de celulose queria ouvir no Rio Grande do Sul. O diretor-presidente da Celulose Riograndense, que pertence ao grupo chileno CMPC, Walter Lídio Nunes, disse que a previsão confirma informações que ele tem sobre a medida. Nunes destacou, nesta quinta-feira (16), ao saber da declaração dada pelo ministro à Globonews, que a liberação colocará em pauta novos investimentos no País.
A previsão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o governo pretende liberar a compra de terras por estrangeiros em 30 dias era tudo que o segmento de celulose queria ouvir no Rio Grande do Sul. O diretor-presidente da Celulose Riograndense, que pertence ao grupo chileno CMPC, Walter Lídio Nunes, disse que a previsão confirma informações que ele tem sobre a medida. Nunes destacou, nesta quinta-feira (16), ao saber da declaração dada pelo ministro à Globonews, que a liberação colocará em pauta novos investimentos no País.
Sabe-se que a CMPC quer montar uma nova unidade de processamento de celulose no Estado, mas depende de mais base florestal. Para isso, precisa adquirir áreas de plantio. A atual base atende da demanda da planta de Guaíba, que teve a capacidade quadruplicada em 2015. A unidade produz quase 2 milhões de toneladas anuais, com mais de 90% destinadas ao Exterior. "Acredito que essa posição do ministro seja realista. O próprio governo tem estudado e olhado para este tema", pontuou o executivo. Atualmente, as restrições são pesadas e foram impostas por um parecer da Advocacia Geral da União (AGU), em 2010.
O destravamento das aquisições, destaca Nunes, é essencial para mover a economia. Números de setores ligados ao agronegócio e indústria como de celulose, já apontaram em mais de R$ 50 bilhões em investimentos que foram suspensos pela proibição. O diretor-presidente frisou ainda que o governo precisa adotar um instrumento jurídico que dê segurança e transparência sobre as regras a quem investir. "Quem vem investir não vem para se aventurar, mas para um negócio de longo prazo. "É preciso ter consistência para reduzi o risco. Acho que o governo está atento a isto." A dúvida é se o instrumento a ser buscada será um novo parecer da AGU, outra legislação ou Medida Provisória.
Nunes reforçou que o grupo chileno fez a opção para investir no Brasil. Além da planta em Guaíba, a CMPC é dona da Melhoramentos, com duas fábricas em São Paulo. "Ele aguarda com todo interesse esta decisão (terras)." Segundo ele, os planos para o Brasil estão relacionados com crescimento do grupo. O dirigente avalia que a ação do governo serviria para atrair investidores, formar novas cadeias de produção e desenvolver clusters do agronegócio.
O ministro disse, na entrevista que foi ao ar na noite dessa quarta-feira, que a liberação busca dar impulso ao agronegócio, "uma das áreas que está dando certo" no País. Mesmo que a medida saia em 30 dias, o grupo terá um prazo para avaliar mercado e um novo investimento. "A tendência é de crescer no Brasil e com mais investimento", repetiu Nunes. No Estado, a produção e venda de celulose puxou a economia gaúcha em 2016 e fez toda a diferença na balança externa, com divisa de mais de USA$ 600 milhões.  
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