Os principais mercados acionários dos Estados Unidos renovaram suas máximas históricas de fechamento, impulsionados pelo discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,45%, aos 20.504,41 pontos; o S&P 500 avançou 0,40%, para 2.337,58 pontos; e o Nasdaq subiu 0,32%, para 5.782,57 pontos. Dow Jones e S&P 500 fecharam nas máximas, renovando recorde de fechamento pela quarta sessão consecutiva. Já o Nasdaq renova suas máximas históricas há seis sessões seguidas.
As bolsas de Nova Iorque iniciaram o pregão desta terça-feira em leve baixa, que foi revertida durante o discurso de Yellen no Comitê Bancário do Senado. Questionada por senadores sobre o decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, que determina uma revisão nas regulações do setor financeiro, Yellen afirmou que concordava com os princípios fundamentais presentes no decreto e que trabalhará com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, nessa revisão.
As ações de bancos ganharam força durante o discurso da presidente do Fed e lideraram os ganhos nesta terça-feira. O Morgan Stanley subiu 1,72%; o Citigroup avançou 1,46%; e o JPMorgan teve alta de 1,57%. Já o Goldman Sachs ganhou 1,23% e renovou sua máxima histórica de fechamento, a US$ 249,31, acima da marca de US$ 247,52, registrada antes da crise financeira de 2008.
Companhias do setor de saúde também foram afetadas pela fala de Yellen. Segundo a presidente do Fed, um desmantelamento do Obamacare, programa de saúde implementado pelo ex-presidente Barack Obama, pode fazer com que os consumidores retirem gastos de outras áreas, possivelmente gerando impactos na economia. Com isso, os papéis da Novartis recuaram 0,36% nesta terça-feira.
As ações da Apple também avançaram para uma nova máxima. No intraday, a Apple renovou seu recorde histórico a US$ 135,09, superando a marca de US$ 134,54, registrada em fevereiro de 2015. No fechamento, a gigante de tecnologia também renovou sua máxima histórica, a US$ 135,01, após subir 1,29%. A General Motors também registrou uma forte alta nesta terça-feira, de 4,85%, após o Grupo PSA, controlador da montadora Peugeot, anunciar que está negociando a compra da Opel, a divisão europeia da GM.
No fim da tarde, Trump assinou uma lei que revoga a exigência de que empresas do setor de energia revelem seus pagamentos a governos estrangeiros. A revogação é um "grande negócio" para o país, disse o bilionário, que indicou que mais empregos serão criados no setor de energia com o fim dessa exigência, que era uma das regulações promovidas pela lei Dodd-Frank. Com isso, a ConocoPhillips ganhou 0,89% e a Chevron ganhou um pouco de força, mas fechou em queda de 0,27%.