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Conjuntura

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2017 às 19:03

Inflação é a mais baixa para meses de janeiro

A inflação oficial do País em janeiro foi a mais baixa já registrada para o mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,38% no mês, o menor para o período desde o início da série histórica, em dezembro de 1979.
A inflação oficial do País em janeiro foi a mais baixa já registrada para o mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,38% no mês, o menor para o período desde o início da série histórica, em dezembro de 1979.
Em janeiro de 2016, o índice foi de 1,27%. Em janeiro de 1994, um mês antes do início do Plano Real, foi de 41,31%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 5,35%, abaixo dos 6,29% registrados nos 12 meses encerrados em janeiro do ano passado.
O resultado veio acima dos 0,30% registrados em dezembro, mas ficou abaixo do que esperavam os analistas consultados pela Reuters, que previam alta de 0,44% em janeiro e de 5,41% em 12 meses.
"A tendência é muito favorável. Os dados indicam números bastante negativos à frente e podemos chegar a agosto com a inflação abaixo de 3,5% em 12 meses", avaliou o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio Leal, que tem viés de baixa para sua projeção da Selic: a 9,75% neste ano.
A Selic já foi reduzida para 13%, e a expectativa é de novo corte de 0,75 ponto percentual neste mês, mas apostas em 1 ponto ganharam alguma força, tanto entre economistas como no mercado de juros futuros.
"O IPCA confirma as expectativas de que a Selic vai para um dígito em outubro, além de acelerar o corte a partir da próxima reunião para 1 ponto", afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, que vê a Selic a 9,5% no final do ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nos próximos dias 21 e 22, depois de ter reduzido a taxa básica de juros em 0,75 ponto em janeiro. De acordo com o IBGE, o cenário de demanda fraca diante do desemprego alto e da recessão econômica ainda tem forte influência sobre a queda da inflação.
"O cenário para os preços ainda é de pouco dinheiro circulando. O desemprego e o endividamento ainda estão muito altos, são fatores inibidores do consumo e da inflação", disse a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos.
Em janeiro, o maior impacto foi do setor de transportes, cuja alta foi impulsionada pelo reajuste em tarifas de ônibus, de 8,61% a 25%, em oito municípios: Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Belém, Campo Grande, Recife e Vitória. Em São Paulo, a prefeitura congelou o reajuste, de modo que a passagem de ônibus na capital paulista não teve influência neste mês. Também houve aumento no preço do litro do etanol (3,1%) e da gasolina (0,84%). Com isso, o transporte subiu 0,77%, impactando o IPCA em 0,14 ponto percentual, ou seja, pouco mais de um terço do índice.
Ainda assim, a categoria como um todo desacelerou (a alta em dezembro foi de 1,11%), devido à redução no preço das passagens aéreas, que ficaram 7,36% mais baratas. O IPCA também foi afetado pela alta dos alimentos, que passou de 0,08% em dezembro para 0,35% em janeiro.

IPC-S teve variação de 0,61% na primeira quadrissemana de fevereiro

Das classes de despesas, três tiveram queda, entre elas, alimentação

Das classes de despesas, três tiveram queda, entre elas, alimentação


antonio paz/ARQUIVO/jc
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,61% na primeira quadrissemana de fevereiro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,08 ponto percentual abaixo do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,69%.
Das classes de despesas analisadas, três apresentaram decréscimo em suas taxas de variação nesta apuração: alimentação (0,39% para 0,20%); educação, leitura e recreação (4,15% para 3,34%); e comunicação (0,47% para 0,41%).
Em contrapartida, registraram acréscimo em suas taxas de variação na primeira quadrissemana de fevereiro os grupos habitação (0,29% para 0,34%); saúde e cuidados pessoais (0,35% para 0,39%); vestuário (-0,27% para -0,13%); e despesas diversas (0,39% para 0,40%). O grupo alimentação foi o que mais contribuiu para o resultado do IPC-S. Nessa classe de despesas, a FGV destacou o comportamento do item carnes bovinas, cuja taxa passou de 0,28% para -0,73%.
Dentre as outras classes de despesas que registraram decréscimo em suas taxas de variação, a FGV destacou o comportamento dos itens cursos formais (9,80% para 7,01%), em educação, leitura e recreação; e tarifa de telefone móvel (1,18% para 1,00%), no grupo comunicação.
De forma isolada, os itens com as maiores influências de baixa foram tarifa de táxi (apesar da redução na deflação de -7,76% para -5,84%), feijão carioca (-13,70% para -14,47%), batata-inglesa (-8,51% para -9,97%), passagem aérea (mesmo com a taxa aumentando de -12,30% para -5,39%) e gasolina (0,04% para -0,37%).
Já os cinco itens com as maiores influências de alta foram curso de Ensino Superior (apesar da desaceleração de 8,66% para 5,82%), tarifa de ônibus urbano (a despeito do arrefecimento de 2,69% para 2,32%), curso de Ensino Fundamental (mesmo com o alívio de 10,84% para 8,01%) e plano e seguro de saúde (que manteve 1,01%).

INPC fica em 0,42% ante 0,14% em dezembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,42% em janeiro, ante um aumento de 0,14% em dezembro, segundo dados divulgados na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 5,44% em 12 meses, resultado inferior aos 6,58% acumulados em 2016. Em janeiro do ano passado, o INPC tinha sido de 1,51%. Este índice, aferido pelo IBGE, mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados.
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi), também divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, variou 0,38% em janeiro, após uma alta de 0,49% em dezembro. O índice acumulado em 12 meses foi de 6,46%.