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Indústria

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2017 às 17:36

Indústria deve retomar nível de investimento

Melhora do quadro econômico é o que vem motivando empresariado

Melhora do quadro econômico é o que vem motivando empresariado


CLAITON DORNELLES/JC
A indústria deve começar a recuperar o nível de investimentos gradualmente neste ano. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 67% das empresas pretendem investir neste ano. O percentual supera o verificado na edição anterior da pesquisa, realizada em 2016, quando 64% das companhias disseram ter intenção de realizar investimentos.
A indústria deve começar a recuperar o nível de investimentos gradualmente neste ano. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 67% das empresas pretendem investir neste ano. O percentual supera o verificado na edição anterior da pesquisa, realizada em 2016, quando 64% das companhias disseram ter intenção de realizar investimentos.
O levantamento também questionou as empresas sobre os investimentos efetivamente realizados. No ano passado, 67% investiram, o menor nível da série, que tem início em 2010. Em 2015, 74% das empresas fizeram investimentos; em 2014, 81%; em 2013, 87%; em 2012, 84%; em 2011, 94%; e, em 2010, 93%. Mesmo as empresas que investiram no ano passado não conseguiram cumprir seus planos conforme o planejado. Dos 67% que investiram, 40% fizeram conforme o planejado, o menor nível da série histórica. Outros 41% realizaram parcialmente, e 19% cancelaram ou adiaram seus investimentos.
De acordo com a CNI, a principal razão apontada pelos empresários para a frustração dos investimentos foi a incerteza econômica. Em 2016, 80% mencionaram as incertezas como motivo para não investir; 54% citaram reavaliação de demanda e ociosidade elevada; e 39% apontaram custo do crédito.
Segundo o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, há uma sinalização de melhora do quadro neste ano. Ele mencionou os dados da inflação oficial, divulgados ontem pelo IBGE, como um exemplo dessa melhoria. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,35% em 12 meses, o menor desde setembro de 2012, o que deve contribuir para a redução da taxa básica de juros.
"O quadro econômico teve alguma melhora. Isso se reflete em um quadro levemente mais favorável que no ano passado. Claro que não vamos retomar os níveis de anos anteriores, quando os índices eram mais robustos", disse Castelo Branco. "Apesar da intenção de investimentos não ser muito diferente para 2017 em relação a 2016, o grau de frustração nesses planos deve ser menor."
Entre as empresas que pretendem investir neste ano, 38% devem realizar melhorias no processo produtivo atual, 23% devem introduzir novos produtos e 21% devem aumentar a capacidade das linhas atuais. "Isso mostra que a maioria das empresas devem investir em inovação, não em ampliação da capacidade instalada", disse o economista da entidade Marcelo Azevedo.
Sobre a capacidade instalada das indústrias neste ano, 49% dos empresários consultados avaliam que ela está adequada à demanda; 25% consideram que ela está mais do que adequada; 14%, muito mais do que adequada. Apenas 9% avaliaram que ela está pouco adequada, e 3%, muito pouco adequada. Do total de indústrias consultadas, 89% planejam comprar máquinas neste ano. Dentro desse grupo, 42% dos equipamentos servirão para aumentar sua capacidade; 35%, para manter; e 23%, para reduzir.
Entre os empresários que investiram no ano passado, a maior parte contou com capital próprio para realizá-los. Do total, 72% utilizaram reservas próprias; 18%, recursos de bancos públicos e privados; e 13% contaram com bancos oficiais de desenvolvimento.

Abimaq alerta sobre desemprego com o fim do conteúdo local

Preocupada com a possibilidade de o governo acabar com o conteúdo local de bens no setor de óleo e gás e o consequente prejuízo para o País, a Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) enviou documento às principais autoridades do governo alertando sobre os efeitos nefastos desta decisão. De acordo com o presidente executivo da entidade, José Velloso, é inaceitável acabar com o conteúdo local de equipamentos sem antes o Brasil eliminar a assimetria competitiva e o viés importador do Regime Aduaneiro Especial de Importação e Exportação de Bens Destinados à Pesquisa e Lavra do Petróleo e Gás - o chamado Repetro.
"A exigência do conteúdo local global, na prática, representa conteúdo local zero para a indústria brasileira", diz, ao alertar que a medida poderá ocasionar a perda de aproximadamente 1 milhão de empregos, além de milhares de postos de trabalho que já foram eliminados no setor de fabricação de bens de capital mecânicos.