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Repórter Brasília

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2017 às 22:25

Negociação errada

Deputado do PP Jerônimo Goergen

Deputado do PP Jerônimo Goergen


LUIZ MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/DIVULGAÇÃO/JC
A bancada dos deputados federais do Rio Grande do Sul estará reunida em almoço, hoje, com o governador José Ivo Sartori (PMDB). No cardápio, assuntos que interessam ao governo do Estado, na Câmara Federal. Um dos assuntos obrigatórios, em pauta, é a privatização do Banrisul. O deputado do PP Jerônimo Goergen (foto) quer saber o tamanho da dívida antes de qualquer coisa. Segundo o parlamentar, a negociação está sendo feita de forma errada. "Nós vamos empurrar R$ 9 bilhões para frente e sobre eles incidirá juros; portanto, nós vamos aumentar o valor dessa dívida." Na opinião de Goergen, "o governador não pode assinar um contrato sem discutir o valor da dívida, porque nós vamos reconhecer que devemos esse dinheiro. E nós não devemos. Contratamos, em 1998, por R$ 9 bilhões, a dívida, já pagamos mais de R$ 25 bilhões e devemos ainda quase R$ 50 bilhões até 2027. No momento em que o governador assina, ele reconhece a dívida e depois não vai dar para o Rio Grande do Sul reclamar, porque nós já pagamos a conta, uma vez que o governo assinou. Isso torna a situação mais grave ainda".
A bancada dos deputados federais do Rio Grande do Sul estará reunida em almoço, hoje, com o governador José Ivo Sartori (PMDB). No cardápio, assuntos que interessam ao governo do Estado, na Câmara Federal. Um dos assuntos obrigatórios, em pauta, é a privatização do Banrisul. O deputado do PP Jerônimo Goergen (foto) quer saber o tamanho da dívida antes de qualquer coisa. Segundo o parlamentar, a negociação está sendo feita de forma errada. "Nós vamos empurrar R$ 9 bilhões para frente e sobre eles incidirá juros; portanto, nós vamos aumentar o valor dessa dívida." Na opinião de Goergen, "o governador não pode assinar um contrato sem discutir o valor da dívida, porque nós vamos reconhecer que devemos esse dinheiro. E nós não devemos. Contratamos, em 1998, por R$ 9 bilhões, a dívida, já pagamos mais de R$ 25 bilhões e devemos ainda quase R$ 50 bilhões até 2027. No momento em que o governador assina, ele reconhece a dívida e depois não vai dar para o Rio Grande do Sul reclamar, porque nós já pagamos a conta, uma vez que o governo assinou. Isso torna a situação mais grave ainda".
Banrisul intocável
"Penso que o Rio Grande do Sul precisa se viabilizar", assinalou o deputado federal Giovani Cherini (PR). E, nessa caminhada, é óbvio que o Banrisul é um órgão extremamente importante para o Estado. A última coisa que o Rio Grande do Sul deveria fazer é vender o Banrisul ou fazer qualquer tipo de transação. Têm outros órgãos antes do banco. O Banrisul tem todas as condições de ter lucro e resultados. Acho que o Banco do Estado do Rio Grande do Sul deveria ser, neste momento, intocável pelo governo do Estado. Acho que os demais órgãos têm que abrir o espaço para discutir as possibilidades, inclusive de privatização.
Compromisso com o Rio Grande
Todo deputado federal e estadual tem compromisso com o Rio Grande do Sul de encontrar soluções para a crise, disse o deputado José Stédile (PSB). E acrescentou: "São várias as propostas, entre elas, essa de vender ou federalizar o Banrisul, passar para o Banco do Brasil. Não estudei a situação, a princípio acho ruim se desfazer do Banrisul, porque dá lucro. Você tem que se desfazer de algo que não está dando lucro". De qualquer forma, argumenta Stédile, "só porque sou contra, não temos que deixar de analisar a situação. Para o Rio Grande do Sul, o mal menor seria federalizar, ele se coligar com o Banco do Brasil e aí manter os funcionários, manter uma participação do Estado, talvez. Privatizar banco sou sempre contrário".
Sem opinião formada
Renato Molling (PP) diz que ainda não tem opinião formada sobre a federalização ou privatização do Banrisul. "Aquilo que der prejuízo deve ser privatizado, mas o que é bom para o poder público deve continuar público."
Caminho mais difícil
O deputado Mauro Pereira (PMDB) estava inquieto na quinta-feira no plenário da Câmara durante a votação para a escolha do novo presidente. Reclamava com alguns parlamentares sobre o relacionamento dos deputados com o Palácio do Planalto. Comentário de um parlamentar: "O governo começa a cair na real, e as dificuldades para atender aos pleitos do Legislativo também começam a se intensificar. Isso deixa os deputados inquietos, pois um relacionamento, que era bem fácil no início, começa a encontrar dificuldades ao longo dos meses. O governo começa a dizer não".
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