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Porto Alegre, sexta-feira, 03 de mar�o de 2017. Atualizado �s 10h00.

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Not�cia da edi��o impressa de 03/03/2017. Alterada em 03/03 �s 10h06min

O fabuloso concerto: show inspirado no universo de Am�lie Poulain estreia em Porto Alegre

Fabuloso Concerto recria clima da epopeia cult de Am�lie Poulain

Fabuloso Concerto recria clima da epopeia cult de Am�lie Poulain


GABRIELA BAUM/DIVULGA��O/JC
Caroline da Silva
O adjetivo "fabuloso" é frequentemente usado como elogio, no sentido de incrível, admirável, fascinante (expressão que, com o passar do tempo, também foi ganhando conotações positivas). No entanto, originalmente, a palavra completa algo relativo à ficção, à mitologia, à invenção, à imaginação, como sinônimo de quimérico. Por exemplo, o dragão é um animal fabuloso. De fato, é uma figura excepcional, fenomenal, grandiosa, prodigiosa, porém não tem existência real.
A raiz do vocábulo vem do substantivo "fábula". Em uma das edições do seu Dicionário teórico e crítico de cinema, os intelectuais franceses Jacques Aumont e Michel Marie têm este como um de seus verbetes: "A palavra designa uma narrativa alegórica da qual se tira uma moralidade". Ainda segundo os pensadores, ela é a sequência dos acontecimentos representados tal como eles teriam se desenrolado na vida, sendo material para formação de uma trama.
A definição faz sentido ao lembrar do título do filme O fabuloso destino de Amélie Poulain, longa cult do início dos anos 2000 que mostra a saga lúdica e graciosa da personagem carismática interpretada por Audrey Tautou pela cidade de Paris. Este universo "inventado" para instruir ou divertir, repleto de elementos encantadores - como luzes coloridas, anão de jardim, abajures, projeção de imagens e um antigo álbum de fotos -, invade o Meme Santo de Casa neste fim de semana (sábado, às 20h, e domingo, às 19h), com ingressos entre R$ 20,00 e R$ 40,00.
A ideia de transpor o clima da película para o palco partiu da trompetista porto-alegrense Daniela Garcia, em meados de 2013. Com formação erudita, a musicista afirma que todos os filmes, livros e músicas que passaram pela sua vida influenciaram muito no que ela é. No caso específico do longa de Jean-Pierre Jeunet, a gaúcha diz que "foi amor em todos os sentidos", com a fotografia e especialmente com a trilha sonora, assinada pelo compositor Yann Tiersen.
A trompetista não conhecia a obra de Tiersen antes de ter contato com o universo de Amélie Poulain. "Depois do filme, passei a ser fã. Gosto muito da forma como ele brinca com os timbres de diversos instrumentos e objetos nos shows. Ele usa instrumentos de brinquedos, variações de arco com percussão, além de cantar e tocar acordeão, piano e violino." Daniela diz que a intenção foi usar a estética dele em O fabuloso concerto. Por isso, além dos instrumentos reais, na Sala Thais Freitas do Meme (Lopo Gonçalves, 176), o quinteto também utilizará máquina de escrever, roda de bicicleta, escaleta e caixinha de música para compor a paisagem sonora do espetáculo.
No princípio, o show se chamaria Amélie in Concert e teria somente interpretações da trilha do longa. Depois, acréscimos foram surgindo nos ensaios. Para enfrentar esta empreitada com ela, Dani Garcia - nome artístico - convidou excelentes instrumentistas. Completam o grupo a violinista Clarissa Ferreira, a pianista Natália Damiani, o acordeonista Gabriel Romano e o percussionista Edymilson Drebes.
A idealizadora do espetáculo conta que a primeira musicista que lembrou foi Clarissa: "Sabia que ela estava fazendo doutorado no Rio (de Janeiro), mas agora morando em Porto Alegre. A conheci anos atrás, em Canela, em um festival de música. Além de tocar superbem, ela tem todo um estilo de se vestir que eu buscava para o Fabuloso". Já o diferencial de Drebes, que estudou percussão em São Paulo e Natal, era uma marimba. "Queria usar esse timbre nos arranjos. E ele também tem habilidades em tocar instrumentos de teclas, isso foi primordial para construir os arranjos", comenta Dani.
A pianista Natália (formada em bacharelado pela Ufrgs), por sua vez, dispunha de um instrumento digital, necessário para as apresentações, e também ministra aulas de piano na mesma escola em que a trompetista é professora. "Confesso que o acordeonista foi o mais difícil de conseguir, porque ninguém podia ou aceitava meu convite", admite a idealizadora.
Profissional competente e talentoso, Gabriel Romano chegou por indicação da violinista Clarissa e foi o último a entrar no grupo. "Romano já teve CD autoral (Doce é a passagem) indicado no prêmio Açorianos do ano passado." O espetáculo também será apresentado em Caxias do Sul, no próximo dia 24, no Centro de Cultura Ordovás. Ingressos em www.sympla.com.br.
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