Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 24 de Fevereiro de 2017 às 18:29

Para Maersk, importação cresce pouco em 2017

Utilização de contêineres no comércio internacional depende da variação dos preços e, muitas vezes, armadores preferem as cargas a granel

Utilização de contêineres no comércio internacional depende da variação dos preços e, muitas vezes, armadores preferem as cargas a granel


INGO WAGNER/DPA /Divulgação/JC
Com crescimento ainda incerto do consumo interno, o nível das importações brasileiras por contêiner deve se manter próximo ao patamar de 2016, com algum crescimento no segundo semestre, que pode chegar a 1%. É o que aponta relatório bimestral da Maersk Line, maior empresa de transporte de contêineres do mundo.
Com crescimento ainda incerto do consumo interno, o nível das importações brasileiras por contêiner deve se manter próximo ao patamar de 2016, com algum crescimento no segundo semestre, que pode chegar a 1%. É o que aponta relatório bimestral da Maersk Line, maior empresa de transporte de contêineres do mundo.
De acordo com os dados da empresa, as importações reagiram fortemente no mês de dezembro, comparado a dezembro do ano anterior, com aumento de 13%. Já exportações caíram 4% no mesmo período. Entre as cargas que tiveram maior crescimento em dezembro estão as de algodão (216%), frutas e vegetais (54%) e têxteis e couros (39%).
O diretor de comércio da Maersk Line para o Brasil, João Momesso, diz que os primeiros números de 2017 já não confirmam a manutenção desse ritmo de dezembro, que, para ele, se deu por um movimento de reposição de estoques das empresas brasileiras.
"Ao acompanhar os dados, não enxergamos tendência clara de crescimento do varejo, as vendas ainda estão fracas para garantir um crescimento sustentável da demanda. Vamos esperar para ver", afirmou Momesso.
Com isso, o número de linhas de navios atendendo ao mercado brasileiro deverá ficar como está, após queda de 35% na capacidade de algumas delas, principalmente as que atendem ao mercado asiático. Mas, de acordo com o diretor, não estão previstos novos cortes.
Segundo ele, a questão do mercado de contêineres no Brasil agora é saber se será possível voltar, em algum momento, aos níveis do mercado de 2013 e 2014, quando as importações bateram recordes. "O paralelo que fazemos é se a importação vai voltar, se chegará aos níveis alcançados em 2013 a 2014. Acho que não seja mais possível voltar", disse Momesso, lembrando que a queda do mercado atualmente gira em torno dos 20%, comparado com o momento de pico.
As importações em ritmo fraco atrapalham também o mercado de exportação brasileira. Os dados apontam que as maiores quedas em dezembro de 2016 dos produtos enviados ao exterior, comparado com o ano de 2015, foram na exportação de produtos agrícolas por contêiner.
Produtos como milho, soja e carnes usam contêineres para entrar em mercados novos ou mais promissores. Mas, se há poucas importações, os custos do frete para a exportação acaba aumentando por falta de contêineres no Brasil.
De acordo com o diretor da empresa, esse mercado de exportação por contêiner é sensível a variações de preços e, muitas vezes, acaba voltando para os navios de carga a granel, que têm dificuldade para acessar alguns mercados pelo mundo.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO